Estados Unidos: glifosato pela primeira vez condenado
A firma Monsanto foi pela primeira vez condenada a indemnizar mais de duzentos mihões de dólares a um jardineiro, que contraiu um linfoma não-Hodgkiniano, após ter utilizado durante vários anos o glifosato Roundup, noseu trabalho. A Bayer, firma alemã agora proprietária da Monsanto, afirmou que o seu produto não era cancerígeno e que vai apresentar um recurso contra o veredicto proclamado por um tribunal de San Francisco.O advogado da vítima, Brent Wisner considerou que Monsanto cometeu um erro e que por isso deve pagar pelo seu erro.
Publicado a: Modificado a:
Ouvir - 01:31
Pela primeira vez o herbicida Roundup composto de glifosato,da firma Monsanto,filial do grupo alemão Bayer,foi condenado por um tribunal californiano, o San Francisco Superior Court ,a pagar uma indemnização ao jardineiro Dewayne Johnson, vítima de um linfoma não-hodgkiniano,cancro dos glóbulos brancos,devido à utilização do referido produto, durante muitos anos.
Brent Wisner, advogado de Jonhson considerou que a Monsanto errou ao continuar a vender o glifosato e que por isso deve pagar pelo seu erro.
A justiça em San Francisco disse a Monsanto, vocês cometeram um erro e por isso têm que pagar. Eu não posso dizer qual é a importância exacta desde caso, porque existem outros 4 mil processos nos Estados Unidos e outras milhares de pessoas que sofrem de cancro porque Monsanto não lhes deu muitas opções.
Este caso é importante ou talvez mais importante de que outros casos, pelo facto de que agora sabemos qual rumo tomar. Agora Monsanto tem a possibilidade de reparar a quem ela prejudicou ,de reparar o Sr.Jonhson, reparar todas pessoas que possam ser afectadas por esse produto.
Brent Wisner
O grupo alemão Bayer reagiu ao veredicto do Tribunal Superior de San Francisco, afirmando que o glifosato não é cancerígeno e que vai apresentar um recurso.
Criado em 1974 por Monsanto e utilizado tanto na agricultura como na jardinagem sob o nome de Roundup,o glifosato é um produto composto por vários tipos de pesticidas.
Em França, onde o produto continua a ser utilizado nas culturas agrícolas, o presidente da associação ecológica Combat Monsanto, Benjamin Sourice, afirmou que a condenação de que foi objecto a Monsanto, não sóreconhece que o Roundup é cancerígeno, mas sobretudo que Monsanto dispunha de informações sobre o nível de perigo sanitário do glifosato e tudo fez para escondê-lo.
O autor do livro Um camponês contra Mosanto ( Un Paysan contra Monsanto ) e presidente da associação Phyto-victimes, Paul François regojizou-se pelo veredicto de San Francisco que considerou ser um marco a favor de todos que lutam contra a utilização de agentes químicos na agricultura.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro