Arrancou campanha de recenseamento para as eleições gerais de 9 de Outubro

Em Moçambique, arrancou, esta sexta-feira e decorre até 28 de Abril, a campanha de recenseamento para as eleições gerais marcadas para 9 de Outubro.

Imagem de arquivo. Chimoio, Moçambique. © LUSA - ANDRÉ CATUEIRA

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Carlos Matsinhe, pediu uma participação massiva dos cidadãos em idade eleitoral: “Esta é uma nobre oportunidade de se habilitarem para o exercício dos seus direitos cívicos relativos às eleições.”

Carlos Matsinhe apelou para o envolvimento de todos no recenseamento que vai também ser realizado na província de Cabo Delgado, no norte do país, onde, há algumas semanas, se têm registado novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, depois de meses de relativa normalidade.

“Efectivamente, o sucesso do recenseamento eleitoral depende da participação das forças políticas, actores principais e instrumentos fundamentais para a participação democrática dos cidadãos na governação do país”, declarou.

O recenseamento eleitoral rumo às sétimas eleições presidenciais e legislativas e quartas eleições para governadores e assembleias provinciais vai também abranger os moçambicanos na diáspora e decorre de 30 de Março a 28 de Abril.

A nova vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado provocou 99.313 deslocados só em Fevereiro, incluindo 61.492 crianças (62%), de acordo com uma estimativa divulgada esta semana pela Organização Internacional das Migrações. Entretanto, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados disse, em 7 de Março, que os ataques terroristas na província, desde 2017, provocaram cerca de 1,3 milhões de deslocados e que 780 mil pessoas permanecem fora das aldeias de origem, apesar de 600 mil já terem regressado.