Angola: manifestante reage à repressão da marcha em solidariedade com activista preso
A polícia reprimiu uma vigília nesta quinta-feira 06 de Março em Luanda pela liberdade do activista "Tanaice Neutro", condenado por ultraje ao Estado em Outubro passado a uma pena suspensa de 1 ano e 3 meses, mas que continua detido por o Ministério público ter recorrido da sentença.
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O activista Neutro tinha chamado "bandido e palhaço" ao chefe de Estado e foi condenado, em outubro de 2022, por "ultraje ao Estado". O activista continua detido, aguardando recurso há mais de 5 meses, depois de ter sido condenado em primeira instância.
Na noite de 06 de Março, a polícia impediu, na capital angolana, a concentração dos manifestantes, solidários com "Tanaice Neutro" e que gritavam por "liberdade e justiça" em favor do "preso político".
Matulunga César Kiala, um dos manifestantes, testemunhou à agência Lusa o que aconteceu:
"Infelizmente, essa polícia partidária, que só sabe cumprir a vontade do tirano, esta polícia que temos está longe de ser uma polícia republicana. Não nos permitiram chegar no espaço. Mas vamos continuar a exercer o nosso direito. O Tanaice é um jovem que tem direito à sua liberdade. A sua liberdade está cortada há um ano e quase seis meses e não podemos permitir que uma pessoa como o Manuel Homem e como o João Lourenço entendam ser os donos da livre vontade de todos nós em Angola."
Matulunga César Kiala, um dos manifestantes, reage.
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