Acesso ao principal conteúdo
#Aliança

Burkina Faso, Guiné Conacri e Mali pedem fim da suspensão da CEDEAO e da UA

O Burkina Faso, a Guiné Conacri e o Mali, três países dirigidos por militares oriundos de golpes de Estado, pediram, esta quinta-feira, o levantamento das suas suspensões da CEDEAO e da União Africana. Os três países também consideram realizar uma parceria regional na área do comércio e da luta contra o terrorismo.

Olivia Rouamba, ministra dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso (ao centro); Morissanda Kouyaté, ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Conacri (à esquerda) e Abdoulaye Diop, ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali (à direita). Ouagadougou, Burkina Faso, 9 de Fevereiro de 2023.
Olivia Rouamba, ministra dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso (ao centro); Morissanda Kouyaté, ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Conacri (à esquerda) e Abdoulaye Diop, ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali (à direita). Ouagadougou, Burkina Faso, 9 de Fevereiro de 2023. AFP - OLYMPIA DE MAISMONT
Publicidade

A intenção foi comunicada na declaração conjunta dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, Guiné Conacri e Mali, no final de uma reunião em Ouagadougou, esta quinta-feira. Os três países comprometeram-se em “mutualizar esforços e implementar iniciativas comuns para o levantamento das medidas de suspensão e outras restrições” tomadas pela Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e pela União Africana (UA). Os três tinham sido suspensos destas duas organizações depois dos golpes militares em 2020, 2021 e 2022.

Os chefes da diplomacia do Burkina Faso, Guiné Conacri e Mali escrevem que estas sanções “afectam populações já abaladas pela insegurança e instabilidade política, privam a CEDEAO e a UA da contribuição de três países necessários para atingir importantes desafios e atentam contra a solidariedade sub-regional e africana que constitui o princípio cardinal da integração, da cooperação regional e continental”.

Além disso, eles pedem “um apoio técnico e financeiro concreto e consequente para os esforços de protecção do território e para acompanhar o processo de regresso à ordem constitucional”, teoricamente previsto para 2024 no Mali e no Burkina Faso, assim como para 2025 na Guiné-Conacri.

Os três ministros também falaram na possibilidade de uma parceria regional na área do comércio e da luta contra o terrorismo. O objectivo seria facilitar as trocas de combustível e de electricidade, as ligações de transportes entre as três capitais, a cooperação na exploração mineira e o desenvolvimento rural. Em termos de segurança, o objectivo seria centralizarem a luta contra o terrorismo na região do Sahel e noutras regiões.

A reunião de Ouagadougou acontece dois dias depois da visita, na terça-feira, ao Mali do ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, que prometeu a sua ajuda à região do Sahel e dos países vizinhos do Golfo da Guiné. Meses depois do Mali, o Burkina Faso pediu a retirada das forças francesas do seu território. Ambos os países se aproximaram da Rússia, nomeadamente com a presença de militares que os ocidentais apontam como pertencendo ao grupo de mercenários Wagner, algo desmentido por Bamaco que fala apenas na presença de instrutores russos.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.