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Ruanda/Relações Internacionais

Aprovação por governo de Kigali de novo embaixador de França no Ruanda

O governo ruandês aprovou sábado a nomeação de um novo embaixador pela França. Kigali e Paris  não tinham relações a nível de embaixadores desde 2015, devido às tensões entre as duas capitais motivadas pelo papel da França durante o genocídio de 1994, que resultou na morte de 800.000 ruandeses, na sua maioria da etnia tutsi.    

Os Presidentes Emmanuel Macron e Paul Kagamé, no dia 27 de Maio em Kigali, durante a visita do chefe de Estado francês ao Ruanda, que marcou a normalização das relações entre os dois países. Na sequência da visita de Emmanuel Macron, o governo do Ruanda aprovou a 12 de Junho de 2021 a nomeação do novo embaixador de França em Kigali.
Os Presidentes Emmanuel Macron e Paul Kagamé, no dia 27 de Maio em Kigali, durante a visita do chefe de Estado francês ao Ruanda, que marcou a normalização das relações entre os dois países. Na sequência da visita de Emmanuel Macron, o governo do Ruanda aprovou a 12 de Junho de 2021 a nomeação do novo embaixador de França em Kigali. © REUTERS - JEAN BIZIMANA
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O  Presidente francês, Emmanuel Macron, tinha anunciado, a  27 de Maio de  2021 o regresso do embaixador de França ao Ruanda, no decurso de uma visita  à Kigali, que assinalava a normalização das relações diplomáticas entre os dois países.

Na altura, o chefe de Estado francês reconheceu as "responsabilidades" da França no genocídio de 1994 durante o qual a  maioria  das  vítimas foram os ruandeses da etnia Tutsi.

A nomeação de Antoine Anfré, como novo chefe da representação diplomática francesa em Kigali, foi  aprovada no decurso de uma reunião do gabinete governamental ruandês, chefiada pelo Presidente Paul Kagame e anunciada a 13 de Maio de 2021.

Anfré, que era embaixador da França no Níger de 2014 a 2015,  foi mencionado várias vezes no relatório de uma comissão de historiadores franceses,  coordenada  por Vincent Duclert, entregue em Março último  ao Presidente Macron, no qual se chegou à  conclusão sobre as  pesadas e avassaladoras responsabilidades da França  no genocídio dos ruandeses tutsis.

Nos anos que antecederam o genocídio, Antoine Anfré, na sua qualidade de analista do Ruanda, no seio  da  Direccção dos Assuntos Africanos e Malgaches do Ministério Francês dos Negócios Estrangeiros,  tinha advertido desde 1991 contra o  risco  de  uma deriva violenta no Ruanda, bem como realçou a necessidade de uma mudança política da França na citada região de África .

 

O novo  embaixador  da França no Ruanda, é diplomado  em Ciências Políticas  e da ENA ( ex-Escola Nacional de Adiministração) e exerceu, nomeadamente, funções como governador-adjunto do distrito  de Limoux, na região francesa de Aude, entre 2000 e 2003, assim como foi posteriormente Primeiro Conselheiro nas  embaixadas  de França em Nairobi  e Ancara  de 2006 a 2009.

Antoine Anfré  foi também conselheiro na  embaixada de França no Reino Unido de 2011 a 2014.

     

        

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