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"O processo de transição no Mali ainda tem muitos aspectos complexos a serem resolvidos"

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Um dia depois de o Mali anunciar a composição do Governo de transição, a CEDEAO decidiu levantar as sanções impostas a Bamaco após o golpe de Estado de 18 de Agosto que depôs o presidente Ibrahim Boubacar Keïta.

Vista aérea de Bamaco, capital do Mali.
Vista aérea de Bamaco, capital do Mali. GettyImages
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A Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental "toma nota" dos "notáveis avanços rumo a uma normalização constitucional" e, numa declaração assinada pelo presidente do Gana Nana Akufo-Addo, lembra igualmente que as novas autoridades de transição devem "aplicar rapidamente" as outras decisões do acordo, como "a libertação dos oficiais e civis detidos" no golpe de 18 de Agosto, além da "dissolução" do conselho Nacional de Salvação do Povo (CNSP).

Para Régio Conrado, investigador doutorando no Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Bordéus, "o processo de transição no Mali ainda tem muitos aspectos complexos a serem resolvidos", o levantamento das sanções significa que a exigência da CEDEAO foi respeitada. Todavia o elenco governativo mostra que os militares não confiam nos civis.

Do elenco governativo ontem anunciado, constituído por 25 membros, a Junta Militar ficou com quatro pastas estratégicas : Defesa, Segurança, Reconciliação Nacional e Administração do Território.

Ao conservar estes Ministérios os militares "entendem que têm a legitimidade, mais do que provada, para poder levar a cabo a transição e a pacificação do país" e querem dizer também à CEDEAO que "mesmo tendo cedido a parte das exigências, eles [os militares] continuam no comando do país", reforçou Régio Conrado.

 

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