Os dirigentes da Comunidade dos Estados da África do Oeste, CEDEAO, debruçam-se hoje sobre a situação do Mali, palco na Terça-feira de um golpe de Estado militar que derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita assim como o resto do poder executivo e legislativo.
Os golpistas unanimemente condenados a nível internacional, prometem restituir o poder aos civis e respeitar os compromissos até agora assumidos pelo país. Um discurso que não convence nem a ONU, nem a União Africana, nem tão pouco a CEDEAO cujo primeiro reflexo foi suspender o Mali, encerrar as suas fronteiras e cortar os contactos económicos com os seus vizinhos.
Por seu turno, apesar de também condenar o golpe de Estado, a França que tem interesses económicos na região e intervém militarmente no Mali desde 2012 no âmbito da luta contra o terrorismo, refere que vai manter a operação Barkhane. O Presidente francês refere contudo que "a luta contra o terrorismo e a defesa da democracia são indissociáveis".
Chamadas de atenção da comunidade internacional que para já, no terreno, não parecem surtir efeito. Os militares golpistas apelam a população a voltar às suas actividades habituais e o Movimento M5, na oposição, diz-se disponível para assumir o poder de transição, considerando que "não se trata de um golpe de Estado mas -sim- de uma sublevação popular".
Contudo, para Glória Silva, portuguesa residente em Bamaco que por se encontrar actualmente fora do país tem acompanhado à distância estes desenvolvimentos, este novo golpe tem muitas semelhanças com aquele ocorrido em 2012.
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