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Moçambique

Moçambique decreta três dias de luto nacional depois de naufrágio que causou pelo menos 98 mortos

Na sequência do naufrágio ocorrido na noite de domingo perto da ilha de Moçambique que vitimou pelo menos 98 pessoas, o governo moçambicano acaba de decretar três dias de luto nacional, conforme solicitado nesta segunda-feira pela oposição. De 10 de Abril até às 24 horas do dia 12 de Abril, a bandeira nacional será içada a meia haste.

Pelo menos 98 pessoas morreram no naufrágio da sua embarcação perto da ilha de Moçambique, no norte do país, no domingo 7 de Abril de 2024.
Pelo menos 98 pessoas morreram no naufrágio da sua embarcação perto da ilha de Moçambique, no norte do país, no domingo 7 de Abril de 2024. © Reuters
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Esta decisão foi anunciada no final da sessão do conselho de ministros por Filimão Suaze, porta-voz do governo, ao enunciar os mais recentes dados relativos à tragédia da noite de domingo.

"A decretação do luto nacional decorre do seguinte facto: com muita dor e consternação o conselho de ministros tomou conhecimento da morte de 98 pessoas no dia 7 de Abril de 2024 pelas 16 horas devido ao naufrágio de uma embarcação de pesca ocorrido na Praia de Quissanga, posto administrativo de Lumbo, distrito da ilha de Moçambique, que transportava 130 passageiros dos quais 29 sobreviventes e três continuam desaparecidos", indicou o responsável.

Das 0 horas do dia 10 de Abril até às 24 horas do dia 12 de Abril, a bandeira nacional será içada a meia haste. Enquanto isso, Filimão Suaze garante que uma equipa multissectorial está no terreno para prestar apoio às famílias afectadas pela tragédia "com o objectivo de continuarem a monitorar a situação e providenciar assistência necessária aos sobreviventes e às famílias enlutadas".

O executivo refere ainda que uma comissão de inquérito foi criada para averiguar as causas do naufrágio da embarcação de pesca entre o distrito de Mossuril e a Ilha de Moçambique na província de Nampula, sendo que o Parlamento moçambicano pediu também que sejam esclarecidas as causas dessa tragédia.

Para já, a polícia local anunciou esta terça-feira ter detido o proprietário assim como o responsável da embarcação que naufragou no domingo, os dois elementos tendo "já tido atendimento médico" e "encontrando-se, neste momento, sob custódia policial”.

Segundo as autoridades marítimas do país, a embarcação não beneficiava de uma autorização para transportar passageiros, nem tinha condições para o efeito.

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