Estados Unidos bombardeiam fronteira entre o Iraque e a Síria
Os EUA efectuaram oitenta e cinco ataques ao longo da fronteira entre o Iraque e a Síria na noite passada. Os bombardeamentos alvejaram armazéns de armas de milícias apoiadas pelo Irão e mataram 23 combatentes - de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Parte dos ataques foram feitos a partir de bombardeiros B1, reabastecíveis no ar, em apenas um voo a partir dos EUA.
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Estes bombardeamentos são uma retaliação a um ataque nocturno de um drone de fabrico iraniano, alegadamente oriundo do Iraque, a uma base americana na Jordânia. A explosão matou três soldados americanos nas primeiras horas da madrugada há cinco dias - muito perto da fronteira com a Síria.
O porta-voz das forças armadas do Iraque condenou os bombardeamentos da noite passada como sendo uma violação de soberania. Yahya Rasool afirmou também que o drone iraniano que caiu na base americana não partiu do Iraque. Por seu lado, o ministério dos negócios estrangeiros da Síria reprovou também esta operação militar e diz que ocupação americana do país tem que terminar.
Os EUA têm uma presença de 5000 militares no Médio Oriente que, dizem, têm como principal objectivo evitar o ressurgimento do estado islâmico. Não contente com a presença dos EUA e a existência de Israel no Médio Oriente, o Irão tem estado muito mais activo com o que designa o seu eixo de resistência desde o actual conflito entre o Hamas e Israel.
Teerão tem apoiado e usado crescentemente o Hamas em Gaza, os Houthis no Iémen, o Hizbolah no Líbano e milícias armadas na Síria e Iraque para atacar interesses americanos na região.
Não se espera um conflito directo entre Washington e Teerão para já, mas esta guerra por procuração continua a escalar.
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