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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau passa a ter governo de iniciativa presidencial

O Presidente da República da Guiné-Bissau reconduziu esta terça-feira Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro e afirmou formar, ainda esta semana, um novo governo de iniciativa presidencial. O novo governo "não será um governo do PAIGC, do MADEM-G15, nem do PRS. Vai ser o meu governo. O Parlamento já caiu, já era", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente da República da Guiné-Bissau reconduziu esta terça-feira, 12 de Dezembro, Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro.
O Presidente da República da Guiné-Bissau reconduziu esta terça-feira, 12 de Dezembro, Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro. © RFI/Lígia Anjos
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Com vista a "estabilizar o país", o Presidente guineense afirmou que a escolha de Geraldo Martins não foi por ser "militante ou vice-presidente do PAIGC. Nomeie-o como  cidadão guineense por ser alguém em quem confio para liderar um governo".

Nos próximos dias, Umaro Sissoco Embaló vai formar um novo governo de iniciativa presidencial. "O Geraldo Martins foi a minha escolha pessoal enquanto quadro deste país. Não será um governo do PAIGC, do MADEM-G15 e nem do PRS. Vai ser o meu Governo. O Parlamento já caiu, já era", afirmou o Presidente guineense.

Geraldo Martins foi reconduzido no cargo de primeiro-ministro e prestou juramento no salão Nobre do Palácio Presidencial da Guiné-Bissau. Na tomada de posse disse que "estar à testa de um governo, qualquer que seja ele, é um grande privilégio e uma enorme responsabilidade".

Nos últimos quatro meses, Geraldo Martins dirigiu um governo inclusivo liderado pela coligação PAI Terra Ranka. O primeiro-ministro guineense lembrou que durante esse mandato "implementou um programa de emergência com vista a melhorar as condições de vida da população", que resultou "na redução dos preços dos bens de primeiras necessidade como arroz, farinha, pão, peixe e fornecimento de energia eléctricas nalgumas localidades no interior do país".

Segundo o analista guineense, Rui Jorge Semedo, a recondução de Geraldo Martins ao cargo de primeiro-ministro pode ser uma forma de o Presidente "amenizar a decisão de ter dissolvido a Assembleia Nacional Popular e mostrar que tudo vai continuar na mesma", mas simultaneamente esta nomeação também pode ser interpretada como "uma estratégia para criar uma ruptura da coligação PAI Terra-Ranka". "A situação é dúbia para entender as suas reais intenções", defende o analista.

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