A longa metragem Technoboss do realizador português João Nicolau integra a competição do Festival de cinema de Locarno. O certame suíço termina neste fim de semana. Em foco nesta obra o dia-a-dia de um técnico especializado na manutenção dos modernos sistemas de protecção e funcionamento de hotéis.
O papel principal foi para Miguel Antunes Lobo, um jurista e advogado que se estreia como actor aos setenta anos.
João Nicolau conta não ter sido fácil encontrar um hotel com disponibilidade para o deixar filmar, sendo ao mesmo tempo cenário do filme.
Também não foi fácil encontrar um actor, até chegar ao Miguel Antunes Lobo, a carregar o filme nos ombros, pois é praticamente um actor presente em todas as cenas.
"Eu vejo a tecnologia como uma extensão do espírito humano", diz João Nicolau, ao explicar porquê ter escolhido essa tema como a linha mestra do seu filme.
Será que essas novas tecnologias são um ameaça ao cinema, pois muitos jornalistas já não vão ao cinema ver os filmes em Locarno, preferindo vê-los no computador?
João Nicolau descarta essa ameaça, para ele sempre haverá o desejo de se ver os filmes no grande ecrã do cinema.
Essa sua impressão ficou reforçada pelo facto de duas mil pessoas terem ido à estreia do seu filme Technoboss, no Festival de Locarno.
João Nicolau revela o tema do seu próximo filme: será sobre o comportamento religioso dos habitantes de uma ilha do Pacífico Sul, no Vanuatu.
Confira aqui a entrevista de João Nicolau, realizada por Rui Martins no Festival Internacional de Cinema de Locarno.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro