Matanças em cidades dos Estados Unidos contra mexicanos
No espaço dalgumas horas disparos violentos semearam ontem à noite mortes e feridos com um homem a disparar em Dayton no Ohio matando 9 pessoas tendo sido abatido pela polícia; mas antes em El Paso no Texas o balanço foi mais pesado, com outro homem a matar 20 pessoas e ferindo outras 26, nomeadamente mexicanos, numa acção abertamente racista e xenófoba.
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Dois tiroteios violentos marcaram o dia de ontem à noite nos Estados Unidos, 9 pessoas foram mortas durante disparos em Dayton no Ohio, no noroeste do país, anunciou a polícia local que matou o autor dos tiros.
Horas antes tinha sido em El Paso, no Texas, outro indivíduo disparou matando 20 pessoas e 16 pessoas foram hospitalizadas devido a ferimentos.
Os disparos de Dayton, ocorreram no centro histórico de Oregon, muito frequentado.
Na troca de tiros com a polícia ele acabou por ser morto.
No Texas, foi outro jovem atirador que abriu fogo num supermercado da cadeia Walmart de El Passo, matando 20 pessoas, nomeadamente, 3 mexicanos e ferindo 26 outras pessoas.
A polícia prendeu o jovem de 21 anos e abriu um inquérito sobre crime de ódio de carácter racista. O jovem já admitiu que a sua intenção era a de matar o maior número de pessoas possíveis.
Um manifesto, atribuído ao atirador tinha sido colocado na Internet denunciando "uma invasão hispânica do Texas" e fazia ainda referência à matança de 51 pessoas cometida por um supremacista branco em duas mesquitas de Christchurch na Nova Zelândia em março.
Cidade fronteiriça com o México, El Passo tem 680 mil habitantes, dos quais 83% são hispânicos. El Paso teve em média 18 assassínios por ano nos últimos 5 anos.
O Presidente Donald Trump, denunciou na sua conta Twitter, o "tiroteio trágico, um acto cobarde", sublinhando que "nunca haverá razões ou desculpas para justificar o assassínio de pessoas inocentes".
Mas na oposição há democratas que acusam a política de imigração de Trump e as suas derrapagens verbais xenófobas e racistas.
Em plena campanha das primárias dos democratas para as presidenciais de 2020, o pré-candidato Joe Biden, reagiu dizendo que já é "tempo de agir para pôr termo a esta epidemia de violência que está ligado ao uso de armas nos Estados Unidos, que é um direito fundamental inscrito na Constituição americana.
Uma vez mais o uso e porte de armas vai ser um dos grandes temas de debate durante a campanha para as presidenciais de 2020.
Convém dizer, no entanto, que a esmagadora maioria dos americanos continua a defender a segunda emenda constitucional que dá direito ao uso de armas.
Por outro lado, a questão da violência e do uso de armas no tempo do presidente Obama com Joe Biden como vice-presidente a situação não era melhor e a maioria dos democratas aprova a emenda constitucional sobre as armas.
Matanças em cidades dos Estados Unidos contra mexicanos
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