Venezuela: braço de ferro Gaido-Maduro acentua-se
Juan Gaido, o autoproclamado Chefe de Estado interino, diz ter o apoio dos militares. Num vídeo divulgado no Twitter, Gaido aparece na companhia de alguns homens fardados e do opositor, Leopoldo Lopez, que se encontrava em prisão domiciliária.
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O autoproclamado presidente afirma estar a falar na base aérea de Carlota, em Caracas.
Através do Twitter, Gaido fez ainda saber que não haverá “marcha atrás”, e apelou aos seus apoiantes para saírem à rua até à queda Nicolas Maduro, em vésperas do 1º de Maio.
Contudo, as autoridades venezuelanas denunciaram já o alegado golpe de Estado, que garantem também já estar neutralizado.
O presidente venezuelano assegura poder contar mesmo com a inteira lealdade dos chefes militares.Garantindo “nervos de aço”, Maduro apela à máxima mobilização dos venezuelanos,
Por seu turno, o ministro venezuelano da defesa assegura ainda que a situação nas casernas é normal.
No entanto, Débora Calderón, coordenadora da ONG Espácio Público, considera que o movimento militar pró-Gaido pode estar a alastrar no país, e sinal disso mesmo é a libertação do opositor Leopoldo Lopez, sendo ainda muito cedo para fazer previsões.
Débora Calderón
A nível internacional o governo espanhol apela a uma transição pacífica e à convocação imediata de eleições, evitando banhos de sangue na Venezuela.
A Colômbia pede, entretanto, uma reunião urgente do Grupo de Lima sobre a Venezuela.
Por seu turno, os Estados Unidos da América farão entrar em vigor já no próximo domingo o embargo sobre o petróleo venezuelano. O objetivo é fazer com que Nicolas Maduro abandone a presidência do país.
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