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Venezuela

Venezuela: reacções à presidência interina de Juan Guaidó

 Pelo menos 21 países o organizações já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, onde as cúpulas militares denunciam um Golpe de Estado e Nicolas Maduro cortou relações com os Estados Unidos.

Nicolas Maduro celebrou o 61° aniversário do fim da ditadura de Marcos Pérez Jiménez a 23/01/2019
Nicolas Maduro celebrou o 61° aniversário do fim da ditadura de Marcos Pérez Jiménez a 23/01/2019 Miraflores Palace/Handout via REUTERS
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O ainda Presidente Nicolas Maduro reuniu esta quinta-feira (24/01 as cúpulas militares - base de sustentação do seu poder - numa derradeira tentativa de contra atacar face ao aumento de apoios internacionais a Juan Guaidó, mas estes consideram que a sua auto-proclamação foi um golpe de Estado.

O ministro da defesa, general Vladimir Padrino López tinha-lhes pedido "apoio ao Presidente constitucional [Nicolas Maduro] em respaldo pela soberania...pois não aceitamos um Presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem auto-proclamado à margem da lei,".

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Reacções à presidência interina de Juan Guaidó

Juan Guaidó, líder do partido Vontade Popular, eleito presidente da Assembleia Nacional a 3 de janeiro é um engenheiro mecânico de 35 anos, que esta quarta-feira (23/01) se auto-proclamou Presidente interino, face a centenas de milhares de apoiantes.

Ele apelou as Forças Armadas, a respeitarem a constituição, propôs amnistia aos que não abandonaram Nicolas Maduro, e prometeu formar um governo de transição e convocar eleições livres.

O primeiro país a reconhecer Juan Guaidó foi o Brasil a 12 de janeiro, ou seja dois dias depois da tomada de posse de Nacilas Maduro para um segundo mandato, considerado ilegal pela oposição e por grande parte dos países da região e não só.

Poucos minutos depois da sua auto-proclamação como Presidente "encarregado" Juan Guiadó foi reconhecido e saudado pelo Presidente Donald Trump.

Pouco depois Nicolas Maduro denunciou um golpe de Estado da oposiçao com apoio dos Estados Unidos, que acusou de "imperialismo e intervencionismo, para eleger e designar um Presidente por vias não constitucionais", anunciou o corte de relações diplomáticas com este país e deu 72 horas aos diplomatas norte-americanos para abandonarem o país.

O secretário de Estado Mike Pompeo afirma no entnato que o governo de Nicolas Maduro "não tem autoridade legal para romper relações".

Também a Organização dos Estados americanos - OEA - felicitou Juan Guaidó que apelou a "promover o retorno da Venezuela à democracia" e o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres pediu "diálogo para evitar um desastre" na Venezuela e na região.

O presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani reconheceu a "legitimidade democrática" do opositor Juan Guaidó e denunciou os "abusos" de Nicolas Maduro que fizeram o povo "passar fome e sofrer".

O Presidente francês Emmanuel Macron sublinhou esta quinta-feira (24/01) que a "Europa apoia a restauração da democracia na Venezuela após a eleição ilegítima de Nicolas Maduro em maio de 2018 e saudou a coragem das centenas de milhares de venezuelanos que marcham pela liberdade".

Do lado dos apoiantes a Nicolas Maduro contam-se a China e a Rússia - os dois principais credores da Venezuela - que denunciam "ingerência estrangeira que pode conduzir a um banho de sangue e consideram Nicolas Maduro o Presidente legítimo da Venezuela", mas também o Irão, a Turquia, o México, a Bolívia e Cuba.

De recordar que a Venezuela detêm as maiores reservas de petróleo no mundo, mas actualmente produz um terço dos 3 milhões de barris/dia e a grave crise social vigente desde 2015 onde faltam todos os produtos de primeira necessidade, levou à fuga de mais de dois milhões de pessoas e segundo o FMI a inflação deverá este ano atengir 10.000.000%.

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