Eleições presidenciais no domingo no Brasil
Os brasileiros vão às urnas, no domingo, para votarem na primeira volta das eleições presidenciais, que contam com 13 candidatos e também para elegerem parlamentares e governadores dos estados. Esta noite decorre o último debate entre os candidatos, nos Estúdios da TV Globo, na ausência do candidato populista que lidera nas sondagens.
Publicado a: Modificado a:
As eleições presidenciais, parlamentares e para governadores, domingo, no Brasil são tidas como as primeiras eleições digitais, tendo em conta que as redes sociais conseguiram suplantar audiências dos meios de comunicação tradicionais.
A campanha desta primeira volta foi dominada pelos candidatos, Jair Bolsonaro, apoiado pelo partido PSL e pelo candidato, Fernando Haddad, com apoio do PT, protegido do ex-presidente, Lula da Silva, que foi impedido pela justiça de se candidatar e cumpre prisão por actos de corrupção.
Apesar do protagonismo destes 2 candidatos, há um total de 13 candidatos, donde sobressaem 3 outros nomes, como Marina Silva, candidata apoiada pela Rede, Ciro Gomes, do PDT e Geraldo Alckmin, com apoio do PSDB.
Todas as sondagens têm estado a colocar o candidato da direita conservadora, Bolsonaro, à frente, com 32% das intenções de voto, seguido do candidato da esquerda trabalhista, Fernando Haddad, com 23% dos votos.
Mas numa segunda volta, segundo uma sondagem do Ibope, Fernando Haddad, ganharia com 43% dos votos contra 41% de Bolsonaro. O candidato social liberal, perderia igualmente frente a Alckmin e Ciro, empatando com Marina.
Outra sondagem da Dafolha, dá no entanto, Bolsonaro a ganhar, por 44% contra 43% de votos de Haddad, na segunda volta.
É pois com estes números presentes que os candidatos a essas presidenciais partem esta noite para o último debate nos Estúdios da TV Globo, sabendo, que o homem que lidera as sondagens, Bolsonaro, continuará a estar ausente, pois, em convalescença desde que foi esfaqueado e teve que ser internado.
Bolsonaro tem estado muito activo nas redes sociais, mas para o politólogo, Márcio André de Oliveira, da UNILAB, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, é mais uma estratégia de vitimização, porque não tem programa.
Mário André Oliveira, cientista político da UNILAB, Universidade afro-lusófona no Brasil
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro