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Estados Unidos

Trump e Macron discursam na assembleia geral da ONU

Os presidentes francês, Macron e americano, Trump, são os dois principais líderes mundiais a discursar hoje na assembleia geral da ONU a decorrer em Nova Iorque. Trump não terá um discurso agressivo como o ano passado, mas vai denunciar o Irão que destabiliza o médio oriente, enquanto, o presidente francês, Macron, defenderá o multilaterismo e diálogo com Teerão. 

Os presidentes francês Macron e americano  Trump, a 24 de setembro de 2018 em Nova Iorque
Os presidentes francês Macron e americano Trump, a 24 de setembro de 2018 em Nova Iorque REUTERS/Carlos Barria
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O dia de hoje é marcado pelos discursos de dois pesos pesados da cena internacional, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos e Emmanuel Macron, presidente da França, na assembleia geral da ONU, em Nova Iorque.

O Presidente Macron, defenderá  as virtudes do "multilateralismo e das regras colectivas", pilares da ONU, enquanto, o Presidente Trump, continuará a defender a sua América em primeiro lugar e acordos bilaterais.

São duas visões do mundo diferentes que os presidentes da França e dos Estados Unidos defenderão cada um do seu lado perante os 130 chefes de Estado ou de governo, reunidos na assembeia geral anual da ONU.

Macron vai insistir na "acção colectiva" como método de resolver os problemas e desafios que o mundo enfrenta, nomeadamente, as desigualdades, o aquecimento global, a questão da não proliferação das armas e as crises internacionais.

Macron, defenderá igualmente o diálogo e as relações comerciais com o Irão, apesar das sanções americanas contra Teerão, desde que os Estados Unidos sairam em maio do acordo nuclear assinado com o Irão.

Os outros países signatários, como a França, Reino Unido, China, Alemanha e a Rússia, que continuam a fazer parte do acordo com o Irão dizem não haver razões plausíveis para não desenvolverem relações com Teerão.

Assim a União europeia, vai implementar uma entidade destinada a facilitar transacções com o Irão permitindo trocas comerciais com o Irão, declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Questões que certamente os presidentes Macron e Trump, abordaram ontem num encontro que tiveram em Nova Iorque, chegando a acordo, que cada um defenderia a sua visão do mundo.

Resta saber, a posição que Trump, adoptará proximamente em relação à União europeia, tendo em conta que tem uma política de sancionar os países que tenham relações comerciais com o Irão.

O discurso do Presidente americano, dará alguma indicação nesse sentido, até porque Trump, já disse que não se encontrará com o presidente do Irão.

Trump, que já anunciou para breve uma nova cimeira com o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, sobre a desnuclearização norte-coreana, insistirá nos benefícios das relações bilaterais, dando como exemplo, o acordo de comércio livre que assinou ontem com o presidente da Coreia do Sul.

O certo é que uma vez mais, as atenções estão viradas para a personalidade de Donald Trump e toda a gente aguarda o seu discurso de hoje na assembleia geral da ONU, tanto mais que os presidentes da China e da Rússia estão ausentes.

Oiçamos aqui extractos do discurso de Donald Trump, denunciando as veleidades do Irão obter armas nucleares, o que a América nunca permitirá.

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Donald Trump na assembleia-geral da ONU

O presidente francês, Emmanuel Macron, é visto como o líder mundial, defendendo o multilateralismo, para equilibrar a hegemonia de Trump.

No seu discurso de hoje perante a Assembleia Geral das Nações Unidas o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu o multilateralismo, sem nunca mencionar o nome dos Estados Unidos que se têm com Donald Trump pautado pelo unilateralismo, sem esquecer o papel de África.

"Devemos dar a África todo o lugar que ela merece.

Com vista a que ela tenha um papel determinante e central na recomposição do sistema internacional.

Porque é mesmo em África actualmente que se encontram os mais fervorosos adeptos do multilateralismo, da integração regional, porque os nossos parceiros africanos perceberam bem !

Que é juntos que conseguiremos enfrentrar os desafios comuns !

E é pensando nesta nova aliança com África que a presidência francesa do G7 se vai consagrar.

Bem sei que defender a cooperação e o multilateralismo pode ter passado de moda.

Nunca se esqueçam que os genocídios que explicam o facto que estejais aqui hoje foram alimentados pelos discursos aos quais nos habituámos !

Não, eu recuso de baixar os braços !

Por isso também não vos deixeis habituar !

Não aceitemos todas estas formas de unilateralismo !"

01:14

Emmanuel Macron, presidente francês

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