Fuga de venezuelanos debatida no Equador
Esta segunda e terça-feira, decorre em Quito, no Equador, uma reunião sobre a crise migratória provocada pela fuga de milhares de venezuelanos. Em cima da mesa, a questão de como gerir o êxodo em massa dos venezuelanos que escapam à crise política, económica e social no seu país.
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Cerca de 2,3 milhões de venezuelanos vivem no estrangeiro (7,5% de uma população de 30,6 milhões de habitantes), dos quais 1,6 milhões emigraram desde 2015, quando a penúria de alimentos e medicamentos se começou a agravar no país, paralelamente à inflação.
A Colômbia, o Perú e o Equador são os principais países de acolhimento deste fluxo migratório que também se estende, por exemplo, ao Brasil. O Presidente brasileiro, Michel Temer, disse hoje que o seu governo vai continuar a ser “solidário” com os migrantes que escaparam da crise que se vive na Venezuela.
Num artigo de análise para a agência espanhola EFE, intitulado "Solidariedade com os venezuelanos", Temer reiterou que, apesar das dificuldades, "nunca pensou fechar as fronteiras”.
“É preciso começar a alertar a comunidade internacional”
Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas na Venezuela, disse à RFI que não sabe se a reunião de hoje vai resolver algo, mas considera que pode servir para “começar a alertar a comunidade internacional” para uma situação humanitária precária e para “uma situação realmente complicada aqui na América”.
Fernando Campos, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela sobre reunião em Quito
O português, que vive há 39 anos no país, tem-se aguentado “mais com o coração do que com a razão”, enquanto assiste a “uma fuga importante de talentos e profissionais de primeira linha” para outros países.
Fernando Campos, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela sobre "fuga de talentos"
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