Atentado mancha eleições no Paquistão
105 milhões de eleitores são chamados às urnas para as eleições gerais de onde sairá um novo primeiro-ministro. Esta manhã 30 pessoas perderam a vida e outras 30 ficaram feridas num ataque suicida, reivindicado pelo auto-proclamado Estado Islâmico, perto da assembleia de voto na cidade de Quetta.
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O bombista suicida "tentou entrar na assembleia de voto e, quando a polícia o tentou deter, fez-se explodir", afirmou Hashim Ghilzai, responsável do governo de Quetta. Esta é uma das localidades mais conflituosas do Paquistão, com a presença de grupos armados separatistas, com facções talibãs e grupos extremistas.
Um atentado que acontece em dia de eleições legislativas às quais são chamados 105 milhões de eleitores.
A campanha eleitoral ficou marcada por um clima de instabilidade política e económica, crescentes conflitos religiosos e ameaças de terrorismo, mas nem estas circunstâncias impediram os eleitores de se deslocaram às urnas para votar.
Hamida, 60 anos, foi votar acompanhada pelo filho e mostrou orgulhosamente a tinta azul no plegar; "votei em Imran Khan porque é um homem honesto, tal como o meu filho".
Faizel Ali votou no principal adversário do partido do Movimento Para a Justiça (PTI) d'Imran Khan "vivi sob vários regimes. O melhor é o PMLN e foi esse que escolhi".
Um grupo de jovens raparigas não puderam votar; "não votámos porque os nossos nomes não correspondem aos números dos nossos bilhetes de identidade", afirmaram descontentes.
Mahmoud Ali mostrou-se satisfeito, e não revelou em que votou, "vou para casa acompanhar as eleições na televisão até conhecer os resultados."
À saída das mesas de voto, militantes da Liga Muçulmana do Paquistão (PMNL), do partido Movimento Para a Justiça (PTI) e do partido Político Islâmico no Paquistão (TLP) fazem propaganda para tentar convencer eleitores até ao último minuto.
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