Eurodeputada Ana Gomes: "Acordo de Bruxelas é uma vitória pírrica"
Na reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, os dirigentes europeus evitaram o fiasco, com um acordo obtido ao cabo de duras e longas discussões. Foi preciso esperar pelas 4 h 30 da noite de 28 para 29, para encontrar um compromisso.
Publicado a: Modificado a:
Aquela que foi chamada "a Cimeira das Cimeiras" deixou para segundo plano a difícil negociação do Brexit, e as propostas de reforma da zona euro. Os líderes da União Europeia concentraram os esforços na questão dos migrantes, e acabaram por adoptar uma série de propostas para responder às preocupações de países como a Itália.
O Presidente francês, foi - por assim dizer - o artífice do acordo, adoptado pelos 28 membros da UE, para criar centros de controlo nos Estados membros, voluntários, onde será examinada a situação dos migrantes que chegam à Europa. Porém, Emmanuel Macron foi claro :
"A França não é um país na primeira linha das chegadas. Tendo em conta a sua situação, a França não abrirá centros desse tipo", afirmou o Presidente francês em conferência de imprensa.
Para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, "ainda é muito cedo para classificar como bem-sucedido este acordo". Com efeito, os dirigentes de quatro países, do grupo de Visegrad (Polónia, Hungria, República checa, e Eslováquia) recusaram já participar activamente na política de acolhimento de migrantes.
Para a eurodeputada Ana Gomes, este acordo é uma "vitória pírrica" ( muito difícil de obter, e com muitas cedências ). Oiça aqui as suas declarações :
Eurodeputada socialista Ana Gomes
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro