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Turquia

Turcos votam em eleições cruciais e muito disputadas

Os turcos começaram a votar desde esta manhã em eleições presidenciais e legislativas, tidas por observadores como sendo muito disputadas. É um teste para a democracia turca, dominada pela figura autoritária do Presidente, Erdogan que controlou os meios de comunicação social durante toda a campanha eleitoral.

Boletim de voto dos candidatos às presidenciais na Turquia que elege igualmente este domingo novo Parlamento
Boletim de voto dos candidatos às presidenciais na Turquia que elege igualmente este domingo novo Parlamento REUTERS/Goran Tomasevic
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56 milhões de eleitores estão hoje a votar em mais de 180,000 assembleias de voto nas 81 províncias da Turquia, em eleições presidenciais e parlamentares simultâneas.

Eleições que marcam a transformação formal do regime político no país – o posto de primeiro-ministro é abolido, e todos os poderes executivos são concentrados nas mãos do presidente, que a partir de agora irá nomear ministros, juízes, e poderá governar por decreto.

As urnas abriram às 8 da manhã (7 em França) e fecham às 17h (16h em França). Espera-se uma participação importante - cerca de 85% dos eleitores registados.

Este escrutínio é um teste para a democracia turca – e para o reinado de Recep Tayyip Erdogan, o atual presidente e homem-forte da Turquia, no poder há 15 anos.

O islamista e conservador Erdogan mudou – para o melhor e para o pior – a face da Turquia, mas a sua governação – cada vez mais autocrática, arbitrária e polarizadora, divide o país ao meio.

A campanha eleitoral foi desigual e injusta – Erdogan controla 80% dos media, que limitaram ao máximo o tempo de antena da oposição – um candidato presidencial, por exemplo, o líder curdo Selahattin Demirtas, detido há um ano, e que fez campanha a partir da prisão, só teve 30 minutos nos canais públicos, contra muitas centenas de horas para Erdogan.

Ainda assim, o resultado destas eleições é mais incerto do que o esperado: a oposição pode ganhar o parlamento ou forçar o atual presidente a uma segunda volta.

Uma grande incógnita: o nível de fraude. Com umas eleições tao disputadas, mesmo 1% de fraude eleitoral poderão fazer a diferença. Desde as primeiras horas da votação que circulam notícias de incidentes e irregularidades em algumas assembleias de voto no Sudeste, a região curda.

Os primeiros resultados sairão às 23h (22h em França).

O nosso correspondente, em Ancara, José Pedro Tavares.

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José Pedro Tavares, correspondente em Ancara

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