Visita de 36 horas de Emmanuel Macron à Austrália
O Presidente francês, Emmanuel Macron, chegou à Austrália neste dia 1 de Maio, para uma curta visita de 36 horas. Uma deslocação que suscita comentários da classe política francesa, e à qual o Presidente responde, afirmando que " não há dias feriados, quando se é Presidente da República".
Publicado a: Modificado a:
Ouvir - 00:43
A visita de Emmanuel Macron à Austrália, antes da sua deslocação à Nova Caledónia, coincide com as habituais celebrações do Primeiro de Maio. E este ano, em França, elas estão a ser marcadas por uma forte mobilização de sindicatos e de partidos de esquerda, contra a sua actual política social.
Perante os jornalistas, o Presidente francês justifica a sua visita à Austrália : "Estas viagens foram programadas há já muito tempo, e o Primeiro de Maio é uma data universal, é o Dia do Trabalhador, no Mundo inteiro ! Mas não há dias feriados quando se é Presidente da República. E por isso, continuo a desenvolver parcerias estratégicas pela França, em toda a parte, e a lutar contra as inseguranças. Para o ano que vem, a Austrália acolherá a "coligação de Paris", que formámos na Quinta - feira passada, em Paris, para lutar contra o terrorismo, e a desenvolver parcerias económicas para criar trabalho no nosso País. É esse o meu trabalho".
Em resposta a um jornalista que lhe perguntava como responderia a quem o critica por estar longe do seu País neste dia, Emmanuel Macron respondeu : "Essa é uma má polémica ! Isto para não dizer uma falsa polémica ! O meu trabalho não é ver televisão, e fazer comentários acerca da actualidade. É agir pelo País, cada dia, e em toda a parte".
A curta escala de 36 horas efectuada pelo Presidente francês na Australia não é apenas uma visita de cortesia, a caminho da nova Caledónia. Emmanuel Macron decidiu encontrar-se com os líderes australianos, e nomeadamente com o Primeiro-ministro Malcom Turnbull, igualmente importante homem de negócios.
Muitos serão os temas abordados entre o Presidente francês e as autoridades australianas: A política expansionista da China na região, o reforço dos laços bilaterais, e as futuras parcerias económicas entre a Austrália e a União Europeia, e nomeadamente com importantes empresas francesas.
Depois, na nova Caledónia, o Presidente francês terá encontros com líderes locais, para abordar a questão do futuro deste território francês, quando faltam seis meses para o referendo sobre a independência da ilha.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro