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Mundo

Tensão entre as duas Coreias pode chegar ao fim

O programa oficial da cimeira histórica que decorre amanhã, sexta-feira, entre Kim Jong-un e Moon Jae-in já é conhecido. Na agenda estão as ambições nucleares de Pyongyang, o caminho para a paz na península coreana e várias questões económicas e sociais.

Policiais sul-coreanos na Grande Ponte da Unificação que leva à cimeira entre as duas Coreias, 26 de Abril de 2018.
Policiais sul-coreanos na Grande Ponte da Unificação que leva à cimeira entre as duas Coreias, 26 de Abril de 2018. REUTERS/Kim Hong-Ji
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A Coreia do Sul está a finalizar os últimos preparativos de segurança e protocolos antes da cimeira histórica que decorre amanhã, sexta-feira, entre Kim Jong-un e Moon Jae-in. A reunião terá lugar na fronteira ultra militarizada que separa as duas Coreias, num prédio localizado no lado sul, a poucas dezenas de metros da linha de demarcação militar.

Esta vai ser a primeira vez desde o fim da Guerra da Coreia que um líder norte-coreano vai pisar o território do país vizinho. Kim Jong-un e Moon Jae-in vão participar nestas cerimónias para marcar uma reaproximação entre as duas Coreias.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un vai atravessar a pé a fronteira com a Coreia do Sul rumo a um encontro histórico com o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

A travessia da fronteira vai ser um momento carregado de simbolismo, uma vez que Kim Jong-un vai ser o primeiro líder norte-coreano a pisar a Coreia do Sul desde o armistício que encerrou o conflito militar entre os dois países, em 1953. Ambos vão permanecer na zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países, mas do lado sul-coreano.

Juntos vão caminhar durante dez minutos até uma praça onde vão fazer uma inspecção da guarda de honra sul-coreana.

Depois da assinatura no livro de visitas e de uma sessão de fotografias na Casa da Paz, local da reunião, darão início às conversações formais, que devem ter como tema central o programa nuclear norte-coreano. Mais tarde, os dois líderes plantarão um pinheiro na área de fronteira, utilizando terra e água de rios dos dois países. A árvore, bastante popular nas duas Coreias, é datada de 1953, o ano do fim da guerra.

Junto ao pinheiro vão colocar uma placa de pedra com a seguinte frase "a paz e a prosperidade estão plantadas" com as respectivas assinaturas dos dois líderes. Juntos vão caminhar até uma passarela com um sinal da linha de demarcação militar, informou o chefe de gabinete.

O líder norte-coreano desloca-se ao país vizinho acompanhado por nove membros do governo de Pyongyang, incluindo a irmã Kim Yo-jong. Seul espera que a esposa de Kim Jong-un, Ri Sol-ju, esteja presente em algumas partes do encontro, mas esta presença ainda não foi confirmada.

A reunião desta sexta-feira e o encontro entre Kim Jong-un e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve decorrer em Maio ou Junho, torna-se possível depois de o líder norte-coreano estar disposto a abrir negociações sobre o programa nuclear, depois de um ano de tensões internacionais que envolvem testes de mísseis balísticos e nucleares.

Nos últimos meses, Kim Jong-un iniciou uma série de esforços diplomáticos para reduzir o isolamento do seu país, estratégia que passou, nomeadamente, pelo envio de uma delegação de atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em Fevereiro, e pela reunião com o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, no mês de Março.

A cimeira de amanhã, 27 de Abril, decorre na cidade de Panmunjom, num edifício que fica na Coreia do Sul. O encontro, o terceiro ao mais alto nível entre as duas Coreias, começa às 4hora TMG.

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