França : O Presidente Macron continuará as reformas
O Presidente Emmanuel Macron veio hoje à televisão defender a sua acção, e reafirmar que continuará as reformas que anunciou. A entrevista surge num momento de grande tensão interna, com as greves dos maquinistas como pano de fundo, e uma crise internacional que se agrava a cada instante.
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O Presidente Emmanuel Macron concedeu hoje uma entrevista à cadeia de televisão privada TF1, durante o telejonral das 13 horas, um dos mais importantes em França, com um popular apresentador, Jean-Pierre Pernaut.
O Presidente francês escolheu um ambiente inédito, para uma entrevista presidencial : Uma sala de aula duma escola de Berd'huis, um pequeno localidade da Normandia, para evocar problemas concretos do dia-a-dia dos Franceses : O ensino, as manifestações estudantis, o aumento dos impostos, a reforma, a limitação de velocidade, a 80 k/h nas estradas secundárias, ou as dificuldades do mundo rural.
Mas Emmanuel Macron deseva igualmente evocar a reforma dos caminhos de ferro francesesa (SNCF), ou os problemas internacionais, com o a Síria.
O Presidente da República reafirmou a sua vontade de ir até ao fim do seu projecto de reformas, "que deveriam ter sido feitas há 30 anos".
Quanto aos problemas com que se debatem os reformados, nomeadamente o pagamento da CSG (contribuição social generalizada), agradeceu aos reformados esse esforço, que permite revalorizar o trabalho e baixar as quotizações sociais.
Quanto à reforma dos caminhos de ferro franceses, à qual se opõe a maior parte dos sindicatos, o Presidente francês afirmou que o Estado vai apagar parcialmente, e progressivamente a dívida, à medida que as reformas entrarem em vigor.
Quanto à questão síria ,talvez a mais espinhosa do momento, a nível internacional, Emmanuel Macron afirmou que a França tem provas de que o regime sírio de Bashar al-Assad utilizou armas químicas num ataque na zona rebelde, e que a França responderá a esse ataque.
"Temos provas de que, na semana passada, foram usadas armas químicas, ao menos cloro, e que foram usadas pelo regime de Al-Assad", afirmou. "Responderemos oportunamente, quando considerarmos que será mais útil e eficaz", acrescentou.
Ouça aqui as declarações de Emmanuel Macron.
Emmanuel Macron, Presidente da França
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