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Coreia do Sul

Coreia do Sul: 24 anos de prisão para Park Geun-hye

Park Geun-hye, ex-Presidente da Coreia do Sul, foi condenada pelo tribunal sul-coreano, nesta sexta-feira, a 24 anos de prisão, depois de ter sido considerada culpada de corrupção, abuso de poder e coacção.

Park Geun-hye, ex-Presidente da Coreia do Sul.
Park Geun-hye, ex-Presidente da Coreia do Sul. REUTERS/Kim Hong-Ji
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Park Geun-hye, antiga Presidente sul-coreana, foi condenada a prisão efectiva e multada em 18 mil milhões de won, cerca de 13 milhões de euros, pelos crimes cometidos. A antiga líder do país foi condenada por 16 dos 18 crimes pelos quais estava a ser julgada.

A justiça concluiu que a antiga presidente realizou esses delitos com a amiga Choi Soon-sil. O objectivo era receber milhões de won das grandes empresas sul-coreanas, como a Samsung, para organizações sem fins lucrativos controladas pela amiga da ex-Presidente.

A acusação pedia 30 anos de prisão e uma multa de 118 mil milhões de won, cerca de 91 milhões de euros, pelos 18 crimes de que era acusada. O tribunal não seguiu na íntegra o pedido da acusação.

Durante o julgamento, Park Geun-hye não mostrou quaisquer sinais de arrependimento e até tentou culpar Choi Soon-sil, segundo o juiz Kim Se-yoon, aquando a leitura da sentença.

A antiga Presidente, de 66 anos, negou as acusações de corrupção e não esteve presente no tribunal, no momento da leitura da sentença. Quanto a Choi Soon-sil, a amiga da ex-chefe de Estado sul-coreana, foi condenada a 20 anos de prisão, no passado mês de Fevereiro. O facto inédito foi a transmissão em directo pela televisão da sentença.

Recorde-se que o Tribunal Constitucional ditou o afastamento de Park Geun-hye da Presidência, em Março de 2017, tornando-a na primeira Presidente democraticamente eleita a ser afastada do cargo.

A saída abriu o caminho para a eleição do actual Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, sucedendo a Park Geun-hye que tinha chegado ao poder em 2013.

A condenação de Park Geun-hye eleva para três o número de presidentes condenados depois do fim do mandato, pela justiça sul-coreana. Nos anos 90, Chun Doo-Hwan e Roh Tae-woo também foram julgados por traição e corrupção.

Ouça a Crónica sobre a Coreia do Sul.

01:16

Crónica de Marco Martins

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