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Mundo

Norte-americanos nas ruas contra armas

Cansados dos tiroteios e assassínios, milhares de americanos de todas as idades saíram às ruas para exigir medidas de controlo mais rigorosas de acesso às armas de fogo.

"Marcha pelas nossas vidas": Dezenas de milhares de pessoas, marcharam sábado, 24 de Março em Washington para a vida e contra armas de fogo.
"Marcha pelas nossas vidas": Dezenas de milhares de pessoas, marcharam sábado, 24 de Março em Washington para a vida e contra armas de fogo. REUTERS/Leah Millis
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As marchas foram convocadas e organizadas por jovens estudantes, cansados da constante violência que tira, todos os anos, a vida a cerca de 30 mil pessoas.

Multidões de adultos desfilaram nas manifestações de ontem, sábado 24 de Março, nesta que consideram num dos maiores protestos.

Fontes ligadas à organização do protesto afirmaram, ao canal televisivo norte-americano NBC, que a manifestação de Washington reuniu pelo menos 800 mil pessoas.

Centenas de marchas foram registadas ontem em cidades como Nova Iorque, Atlanta, Boston, Chicago, Cincinnati, Dallas, Houston, Miami, Minneapolis, Nashville, Los Angeles e Seattle, entre muitas outras, assim como em cidades como Londres e em diversas cidades no Canadá.

Os oradores mais aguardados em Washington foram os sobreviventes do massacre do mês passado numa escola de Parkland, na Flórida, onde 14 estudantes e três adultos perderam a vida.

"Juntem-se a nós e preocupem-se, porque somos eleitores e temos uma voz", afirmou Cameron Kasky, sobrevivente deste ataque.

Questão eleitoral

David Hogg também faz parte dos sobreviventes de massacres e aproveitou a manifestação para falar aos norte-americanos afirmando que "podemos e vamos mudar este mundo. Faremos disso uma questão eleitoral!".

Os manifestantes também saudaram a declaração de Yolanda Renne King, de 9 anos e neta de Martin Luther King, que pediu "um mundo sem armas".

"Quantos mais têm que morrer?", questionavam alguns cartazes na manhã de ontem, em referência ao último massacre de Parkland.

"Livros sim, mas armas não", "Protejam a vida dos jovens, não a vida das armas", "Chega de armas!": estas foram algumas das frases repetidas milhares e milhares de vezes pela multidão que se mobilizou pela Avenida Pensilvânia, que liga a Casa Branca ao Capitólio, a sede do Congresso onde também se encontrava Carlo Patrão, residente português em Nova Iorque.

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Português residente em Nova Iorque, Carlo Patrão

O presidente norte-americano não estava em Washington, mas a Casa Branca emitiu um comunicado encorajando "os inúmeros jovens americanos corajosos" que sairam às ruas.

Formalmente, a "Marcha pelas nossas vidas" exigia a proibição da comercialização de armas, da venda livre de carregadores para armas semi-automáticas e o reforço do controlo a pessoas interessadas em comprar armas.

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