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Mundo

Vladimir Putin: "estamos destinados ao sucesso"

Vladimir Putin foi reeleito Presidente da Rússia com 76,7% dos votos de acordo com os resultados quase finais divulgados esta segunda-feira.

Presidente russo Vladimir Putin na sede eleitoral de Moscovo, na Rússia
Presidente russo Vladimir Putin na sede eleitoral de Moscovo, na Rússia Sergei Chirkov/POOL via Reuters
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Vladimir Putin vai permanecer no Kremlin por um quarto mandato que deverá ser o último de acordo com a Constituição. O dirigente político está no governo como Presidente ou primeiro-ministro, desde 1999.

Aos 65 anos, Vladimir Putin foi reeleito Presidente e prepara-se para estar à frente do país mais do que qualquer outro líder dos últimos cem anos, à excepção de Joseph Estaline.

Questionado, ontem à noite, sobre a possibilidade de uma candidatura em 2024, Vladimir Putin respondeu: "está a brincar, o que devo fazer, ficar aqui até completar 100 anos?"

A Era Putin tem vindo a ser marcada pelo conflito sírio, pela crise ucraniana ou ainda pelas acusações de interferência russa na eleição de Donald Trump. O confronto Este-Oeste agudizou-se nos últimos dias com a acusação de Londres que acusa Moscovo de estar envolvido no envenenar do antigo espião russo no Reino Unido.

Quanto à mais recente polémica em torno do envenenamento de Sergei Skripal e da sua filha, o Presidente russo manteve um longo silêncio e acabou por garantir, numa primeira conferência de imprensa depois das eleições, que as acusações apontadas à Rússia "são um disparate".

Vladimir confirmou que Moscovo está "pronto para cooperar" com Londres na investigação, mas as trocas entre os dois países continuam a parecer um diálogo de surdos.

Até esta manhã de segunda-feira, nenhuma capital ocidental felicitou o Presidente russo pela reeleição. Vladimir Putin "continuará a ser um parceiro difícil", disse segunda-feira o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros. "Mas também precisamos da Rússia para encontrar soluções para grandes problemas internacionais", afirmou Heiko Maas.

Vladimir Putin foi rapidamente felicitado pelo Presidente chinês Xi Jinping, seguido pelos chefes de Estado venezuelano, Nicolas Maduro, e iraniano Hassan Rohani, este declarou ter sido uma "vitória decisiva".

Depois de contados 99,8% dos votos, Vladimir Putin ultrapassou o principal candidato da oposição, o candidato do Partido Comunista Pavel Grudinin, que alcançou 11,79% dos votos, perante o ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky, 5,66%, e a jornalista próximo da oposição liberal Ksénia Sobchak 1,67%.

Taxa de participação contestada

A participação no escrutínio representa 64,7%, ligeiramente superior à de 2012, e terá sido impulsionada pelos esforços do Kremlin para mobilizar os eleitores para participarem no escrutínio.

"O nosso povo está sempre unido em tempos difíceis e muitos líderes estrangeiros contribuíram para este sucesso, dirijo-lhes um grande agradecimento", disse Ella Pamfilova, presidente da Comissão Eleitoral que descreveu as eleições como "transparentes".

Para a oposição russa; "a vitória de Vladimir Putin com mais de 70% foi decidida antecipadamente", afirmou o adversário Alexei Navalny que foi proibido de votar e acusou as autoridades de terem inflacionado a taxa de participação graças a inúmeras fraudes.

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