Donald Trump ameaça retirar Estados Unidos de acordo nuclear com Irão
Donald Trump declarou estar pronto a aceitar um prazo de mais de 100 dias, para que sejam rectificados, segundo ele, os defeitos incluídos no acordo sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015 em Viena.
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O Presidente americano que qualifica de vantajoso para Teerão documento rubricado sob a égide da Agência Internacional de Energia Atómica, ameaça os seus parceiros europeus de retirar os Estados Unidos do referido acordo.
Donald Trump aceitou, pela última vez prolongar a suspensão das sanções económicas contra o Irão, ao abrigo do acordo assinado em 14 de Julho de 2015 em Viena, que regulamenta as actividades nucleares da República Islâmica do Irão.
O Chefe de Estado americano estabeleceu um prazo de 120 dias,de forma a permitir que os seus parceiros europeus, segundo Donald Trump, corrijam os terríveis erros, identificados no documento assinado sob a égide da Agência Internacional de Energia Atómica.
Em tom ameaçador, o Presidente Donald Trump afirmou que, se não forem feitas modificações dentro de quatro meses, os Estados Unidos vão-se retirar unilateralmente do acordo sobre o programa nuclear iraniano.
As autoridades de Teerão reagiram através do seu ministro dos negócios estrangeiros,Mohammad Javad Zarif, sublinhando que o PGAC (Plano Global de Acção Conjunta), nome oficial do acordo rubricado em Viena, não é renegociável.
O chefe da diplomacia do Irão estimou, que o Presidente dos Estados Unidos tenta desesperadamente sabotar um acordo multilateral consistente.
Desde a eleição à presidência dos Estados Unidos em Novembro de 2016, que Donald Trump nunca escondeu a sua intenção de anular a convenção, que enquadra o programa nuclear iraniano, concluída sob o mandato do seu antecessor Barack Obama, entre o Irão, os cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas,a Alemanha e a União Europeia.
A União Europeia reagiu afirmando que vai avaliar as consequências da intenção de Donald Trump.
Fontes diplomáticas indicaram que os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia poderiam reunir-se no dia 22 de Janeiro para abordar a questão.
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