Chanceler austríaco afirma que seu governo é pró-europeu
O chanceler austríaco Sebastian Kurz foi recebido nesta sexta-feira em Paris , pelo Presidente Emmanuel Macron no âmbito dos contactos exploratórios efectuados pelo chefe de Estado francês,visando relançar a União Europeia. A eleição de Kurz a chancelaria austríaca abriu pela segunda vez as portas do governo,a extrema-direita. Desta vez o ingresso da extrema-direita no governo de Viena, não inquieta sobremaneira os outros membros da União Europeia, mas obriga o chanceler Kurz a dar garantias aos seus parceiros europeus e a procurar aliados.
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Em périplo para estabelecer contactos com os seus parceiros europeus, o recentemente empossado chanceler da Áustria, Sebastian Kurz , foi recebido nesta sexta-feira pelo Presidente Emmanuel Macron. Kurz veio à Paris assegurar que o seu país permanecerá um membro respeitoso das regras do clube europeu, não obstante a entrada, em Dezembro último, da extrema-direita no seu governo.
Segundo o chanceler austríaco, é natural que haja uma visão crítica sobre o ingresso do FPÖ( Partido da Liberdade), extrema-direita , no governo de Viena, todavia sublinhou que ele e os seus parceiros deverão ser julgados na base do seu programa e dos seus actos.
No decurso de uma conferência de imprensa conjunta com Emmanuel Macron , Sebastian Kurz declarou que o programa definido pelo seu governo, é um programa pró-europeu que tem como objectivo fazer com que a Áustria possa desempenhar o seu papel, no âmbito de uma evolução positiva da União Europeia que seja boa para a competitividade económica do seu país".
O chanceler conservador austríaco de 31 anos de idade, vai assumir a presidência rotativa da União Europeia no segundo semestre de 2018.
Segundo o Presidente Emmanuel Macron, a agenda de uma Europa que protege é a melhor resposta a dar a progressão das forças extremistas na Europa.
O chefe de Estado francês realçou que deplora a expansão da extrema-direita em toda a Europa, mas que se esse facto se tornou uma realidade, é porque os governos democráticos não souberam responder às angústias dos seus cidadãos.
Nas eleições legislativas de 15 de Outubro de 2017, o FPÖ(Partido da Liberdade) extrema-direita, obteve 26% dos sufrágios. Ao FPÖ foram atribuídas seis pastas ministeriais, nomeadamente os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Interior e da Defesa.O Partido Popular(ÖVP) do conservador Sebastian Kurz recolheu 31,5% dos votos e administra oito ministérios.
A primeira participação do FPÖ num governo austríaco data de 2000. Na época, a entrada do partido da extrema-direita no governo austríaco foi severamente criticada pelos outros membros da União Europeia, que ameaçaram aplicar sanções a Áustria.
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