Presidente peruano escapa destituição
A oposição peruana não conseguiu ter votos suficientes para destituir o Presidente Pedro Kuczynski, suspeito de ter beneficiado de luvas, da parte da construtora brasileira Odebrecht. O Congresso do Peru rejeitou o pedido da oposição , que acusa o antigo banqueiro de não preencher os requisitos morais, para permanecer como presidente da República.
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Criado na selva amazónica, ex-banqueiro na Wall Street em Nova Iorque, bem como ecomo antigo economista no Bando Mundial, primo do lendário cineasta francês Jean-Luc Godard, o actual Presidente do Perú, Pedro Pablo Kuczynski, escapou in extremis a destituição na quinta-feira, depois de uma moção de censura apresentada pela oposição ao congresso peruano.
No âmbito do escândalo de corrupção ,mais conhecido pelo nome de Lava Jato, no qual está implicado a construtora brasileira Odebrecht, Pedro Kuczynski , teria alegadamente recebido luvas da referida empresa, o que levou a oposição a depositar uma moção de censura.
Faltaram apenas oito votos, para que o chefe de Estado peruano fosse destituído. Votaram a favor da destituição de Pedro Pablo Kuczynski 79 parlamentares, 19 contra e 21 abstiveram-se .Para que a moção fosse aprovada eram necessários 87 votos.
Kuczynski é acusado de mentir, para esconder que recebeu cinco milhões de dólares ( 4.2milhões de euros) em luvas, da parte da Odebrecht. O presidente peruano insistiu que a soma recebida da construtora brasileira, representa os seus honrorários por um trabalho de consultoria.
Dois ex-presidentes peruanos Ollanta Humala e Alejandro Toledo também são alvos de um processo judicial , no âmbito do referido escândalo financeiro, que afecta vários da América latina. Humala está preso e Toledo continua foragido no estrangeiro.
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