Catalunha na espectativa do resultado da votação
Decorreram hoje as eleições regionais na Catalunha, um escrutínio cujo resultado será decisivo para o seu futuro, uma vez que poderá desembocar na reeleição dos separatistas destituídos por Madrid ou então na escolha de um executivo compatível com o poder central.
Publicado a:
Separatismo ou constitucionalismo? A poucas horas do final das eleições na Catalunha, a grande pergunta que se colocava era: estão os catalães de acordo com o processo separatista ou, pelo contrário, querem reatar a relação com o governo central depois da aplicação do artigo 155 na região?
Os relatos de grandes filas nos colégios eleitorais durante toda a manhã não se refletiram numa maior afluência às urnas, pois às 13 horas de hoje, os dados da participação eram meio ponto inferiores aos registados nas eleições de 2015 à mesma hora.
Os líderes dos principais partidos do bloco constitucionalista, Inés Arrimadas, de Ciudadanos, e Miquel Iceta, do Partido dos Socialistas da Catalunha, já exerceram o seu direito de voto e voltaram a apelar a uma afluência massiva às urnas, o que poderá ser fundamental para uma vitória sobre os independentistas.
A imprensa espanhola captou ainda o momento em que Laura Sancho, a jovem de 18 anos que esta semana viajou a Bruxelas para informar Puidgemont de que lhe iria ceder o seu voto, depositava o boletim nas urnas, em nome do ex-presidente da Generalitat.
Com Ciudadanos e a Esquerda Republicana da Catalunha a liderarem a maioria das sondagens pré-eleitorais, com previsões de resultados muito parecidos, e seguidos de perto por Juntos por Catalunha e pelo PSC, é muito provável que a governabilidade da Catalunha esteja dependente dos acordos alcançados entre partidos a seguir às eleições.
Mais detalhes com Miguel Araújo, o nosso correspondente em Madrid.
Correspondência de Miguel de Araújo
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro