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Política/Iémen

Iémen: rebelião fissura-se

A aliança entre as duas facções da rebelião iemenita não resistiu aos sangrentos confrontos dos últimos quatro dias e a decisão tomada pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh de reconciliar-se com a Arábia Saudita. Segundo os analistas, a ruptura entre Saleh e os rebeldes Hutis é uma viragem muito importante na guerra civil, que assola o país do Médio-Oriente.

O  antigo  Presidente   do Iémen, Ali Abdullah Saleh.
O antigo Presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh. REUTERS/Khaled Abdullah
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O antigo presidente do Iémen, Ali Abdallah Saleh, decide reconciliar-se com a Arábia Saudita, assinalando uma nova etapa a guerra civil do Iémen. Aliado dos rebeldes Hutis até há pouco tempo, Saleh efectua uma viragem à qual não é estranha a pressão de Riade.

Não obstante as operações aéreas "Tempestade Decisiva" e " Restaurar a Esperança", a Arábia Saudita não conseguiu bloquear a progressão dos Hutis e restabelecer o poder do Presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

Após a tomada do palácio presidencial pelos Hutis, no dia 20 de Janeiro de 2015, Hadi refugiou-se em Aden, no sul, que ele proclamou capital provisória do Iémen, apesar dos protestos da população. Posteriormente ele pedirá  asilo e  apoio a Arábia Saudita. Riade tornou-se o dono da situação ao organizar uma coligação militar arábe sunita contra os Hutis, que pertencem a minoria dos zaiidita,um ramo do xiismo.

 

O processo de ruptura entre os Hutis e os partidários de Ali Abdullah Saleh, teve início em fins de Agosto de 2017, quando a chefia dos Hutis, qualificou Saleh de "traidor", por este os ter chamado de milícias. No dia 29 de Novembro, os confrontos em Sanaa entre os rebeldes de Saleh e os Hutis, selaram o fim da aliança, com a morte de pelo menos 60 pessoas e  de vários feridos.

Ao propôr a Arábia Saudita, o fim do bloqueio ao Iémen, em troca da reconciliação, Ali Abdullah Saleh, confirmou a sua separação dos Hutis. Estes últimos acusam-no de ter efectuado um golpe de Estado.

Saleh, que governou o Iémen durante 33 anos, ao separar-se dos Hutis ,segundo os analistas, visa uma reaproximação com a coligação árabe ,de forma a encontrar uma porta de saída política.

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