8 membros do governo catalão em detenção preventiva
O Ministério público espanhol pediu hoje a detenção de 8 dos 14 membros do governo catalão destituído, enquanto o Presidente da região independentista Carles Puidgemont que ainda se encontra em Bruxelas, é alvo juntamente com 4 ex-conselheiros de um mandado de captura europeu, medidas que o interessado qualifica de "julgamento político".
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A juíza da Audiência Nacional encontra-se neste momento a estudar o pedido do Ministério Público de detenção do ex-presidente do Governo Catalão, Carles Puidgemont e dos quatro ex-conselheiros que se encontram em Bruxelas e não se apresentaram a declarar.
Neste momento, as autoridades belgas já se estão a preparar para receber o mandado de captura internacional vindo de Espanha, que está apenas pendente da aprovação da juíza Carmen Lamelas.
Para o vice-presidente deposto, Oriol Junqueras, e sete dos ex-conselheiros do governo catalão colocados em prisão preventiva, a justiça espanhola ainda estipulou que não têm direito a fiança.
A única excepção vai para Santi Vila, o ex-conselheiro da Economia que se demitiu 24 horas antes da declaração de independência. A justiça de Madrid fixou a sua fiança no valor de 50 mil Euros.
Já as declarações no Supremo Tribunal dos ex-membros da Mesa do Parlamento da Catalunha foram adiadas por uma semana.
O juíz aceitou o pedido do advogado dos 6 acusados, que alega não ter havido tempo suficiente para preparar a defesa. Carme Forcadell, e os restantes 5 membros da Mesa ficarão sob vigilância policial até 9 de Novembro, data da próxima sessão.
Recorde-se que todos os ex-governantes e membros parlamentares são acusados dos crimes de rebelião, sedição e desfalque de fundos públicos, pelo seu alegado envolvimento no processo independentista catalão.
Miguel Araújo, em Madrid, acompanha o caso.
Miguel Araújo, correspondente da RFI em Madrid
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