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França

Marine le Pen diz que "falhou um encontro com os franceses"

A líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine le Pen, tentou relançar-se ontem no programa político do segundo canal de televisão pública, após meses de uma relativa discrição na sequência da sua derrota nas presidenciais.

Marine le Pen, líder da Frente Nacional, na extrema-direita.
Marine le Pen, líder da Frente Nacional, na extrema-direita. REUTERS/Benoit Tessier
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Desde Maio, Marine le Pen, a braços com alguns casos na justiça e também uma forte oposição no seio do seu partido que culminou com a saída recente do seu braço direito Floriant Philippot, tem cultivado o silêncio. Ontem naquela que foi a sua primeira aparição importante na comunicação social, le Pen fez um mea culpa relativamente ao seu fracasso no debate com Macron antes da segunda volta das presidenciais."Penso que falhei um encontro com os franceses e que isso suscitou decepção", declarou a responsável política.

Feito o mea culpa, Marine le Pen referiu estar a trabalhar na refundação do seu partido, nomeadamente em termos ideológicos. Outrora apostola feroz da saída imediata da França do Euro, Marine le Pen, falou de um "regresso progressivo das soberanias" da França. Quanto a saber se isto significa uma saída do Euro a longo prazo, a líder da extrema-direita disse "veremos" referindo ainda ter ouvido a mensagem dos franceses: "Fique sabendo que ouvi o que disseram os franceses nas presidenciais. Esta saída que consideram brutal provocava neles um verdadeiro medo".

Relativamente à detenção na Terça-feira de membros da extrema-direita por alegadamente prepararem ataques, entre outros, contra o porta-voz do governo Christophe Castaner e o líder da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, Marine le Pen fez questão de repudiar estes intentos: "Permita-me expressar a minha solidariedade com o Senhor Castaner e Jean Luc Mélenchon. A violência contra responsáveis políticos é inadmissível".

Dito isto, Le Pen saiu da reserva e criticou a política fiscal do governo, nomeadamente a supressão do imposto de solidariedade sobre as grandes fortunas e sua substituição por um imposto sobre os bens imóveis, medida que a líder da extrema-direita qualificou de "profundamente injusta e indecente". Em resposta, o seu contraditor no programa, o Ministro das finanças Gerald Darmanin, questionou-a sobre as suas ausências do hemiciclo parlamentar, le Pen tendo sido eleita deputada nas legislativas de Junho.

Recorde-se entretanto que le Pen pretende alcançar um terceiro mandato na chefia do seu partido durante o congresso da frente nacional no próximo mês de Março.

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