Catalunha faz referendo sob violência policial
12 polícias de ordem pública foram feridos, este domingo, em Catalunha, durante operações para impedir a realização do referendo de independência, que está a ser realizado, neste 1 de outubro, apesar da sua proíbição pelo governo e justiça centrais da Espanha. Ao todo a acção da polícia provocou uma centena de feridos incluindo independentistas.
Publicado a: Modificado a:
As urnas do referendo de independência da Catalunha já estão encerradas, mas às 20 horas TMG, ainda não havia resultado do acto eleitoral.
O dia terminou com números desencontrados de feridos ocorridos este domingo, 1 de outubro, durante o referendo de independência da Catalunha, oscilando entre uma centena e mais de 700, segundo fontes das autoridades centrais e locais.
Ao meio da tarde circularam informações que davam conta de 91 independentistas catalães feridos e 11 polícias feridos do governo central. Números que depois passaram para 92 feridos civis e 12 polícias feridos, para no fim do dia se falar em 761 feridos no total, número, corrigido depois para uma centena.
O facto é que este referendo da Catalunha ficou marcado por cenas de violência da polícia espanhola que tentou impedir a sua realização, cumprindo ordens do poder central de Madrid, que disse até ao fim, que o referendo era inconstitucional.
Forças policiais entraram nas assembleias de voto para coimarem urnas e desmantelar a logística impedindo que as pessoas votassem no referendo.
O presidente independentista do executivo catalão, Carles Puigdemont, denunciou uma "violência injustificada" da polícia nacional.
Por seu lado, o representante do governo espanhol em Catalunha, denunciou a "farsa" do referendo, que tem de acabar, acusando o presidente independentista de ser responsável pelos acontecimentos violentos deste domingo.
"Podemos realizar o referendo cumprindo todas as garantias que demos antecipadamente", declarou, enfim, o porta-voz, do governo regional, Jordi Turuli.
O porta-voz regional catalão, acrescentou ainda que haver um dispositivo de "rencenseamento universal" que permitirá aos eleitores votar em qualquer assembleia de voto da Catalunha.
O executivo regional garante que há 2,300 assembleias de voto operacionais para permitir a 5 milhões e 300 mil catalães votar.
João Matos sobre referendo e violência na Catalunha
Comunicado pegado en la puerta del Club Capitol: no abre hoy en protesta por "la situación indigna de nuestro país https://t.co/HtkcrIZb5V pic.twitter.com/haaw1n4F3z
EL PAÍS Catalunya (@elpaiscatalunya) 1 octobre 2017
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro