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Catalunha

Catalunha na rua pela independência

Os separatistas catalães prometeram continuar a manifestar esta quinta-feira, após a detenção de vários responsáveis regionais com ligações à organização do referendo independentista, ignorando assim os apelos de chefe de governo espanhol Mariano Rajoy.

Catalunha na rua pela independência
Catalunha na rua pela independência REUTERS/Albert Gea
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Na noite de ontem a Associação Nacional Catalã, uma das principais associações independentistas, apelou aos milhares de manifestantes que invadiram as ruas de Barcelona para voltarem a casa, recuperarem forças deixando antever uma nova manifestação para esta quinta-feira. 

Mas se na rua as palavras de ordem são o "direito ao voto" e a denúncia contra as "forças de ocupação". Do lado das autoridades a mensagem é de "renúncia à escalada radical e à desobediência", reforçava ontem à noite o chefe de governo Mariano Rajoy, durante uma breve alocução na televisão.

Mariano Rajoy, no poder desde 2011, tentou contestar os argumentos dos separatistas, decididos a organizar um referendo de autodeterminação que é proibido pela constituição.

Ontem a guarda civil espanhola prendeu várias pessoas em Barcelona e fez buscas em edifícios do governo autónomo durante uma operação para travar o referendo separatista de 1 de Outubro na Catalunha. O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, acusa o executivo espanhol de "ultrapassar a linha vermelha que o separava de regimes autoritários" e diz que foi aplicado "o estado de excepção".

A advogada portuguesa, Sandra Duarte, a residir em Barcelona fala num ambiente de indignação por parte da população que condena a detenção dos dirigentes do governo catalão. " A reacção comum de toda a gente é que é um atentado à liberdade de expressão, à liberdade de opinião, liberdade de voto e liberdade de decidir nesta matéria".

Sobre o braço de ferro entre as autoridades espanholas e catalãs, Sandra Duarte reconhece na vontade do povo catalão a necessidade de se abrir um debate político. " Um debate limpo e transparente (...) porque aqui a sensação que se vive, as pessoas daqui o que reclamam é o direito a ter voto nesta matéria".

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Sandra Duarte, advogada portuguesa a residir em Barcelona

No próximo dia 1 de Outubro a Catalunha vota o primeiro referendo sobre a independência, uma consulta inconstitucional aos olhos de Madrid.

 

 

 

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