ONU denuncia uso excessivo da força na Venezuela

A ONU denunciou hoje o uso excessivo da força na Venezuela, as Nações Unidas acusando as forças de segurança e as milícias pro-governamentais de ser responsáveis da morte de pelo menos 73 pessoas sobre um total de 124 vítimas no quadro das manifestações antigovernamentais vigentes desde Abril naquele país.

Manifestante anti-Maduro detido em Caracas a 27 de Julho de 2017 REUTERS/Marco Bello/File Photo

Estas denúncias surgem numa altura em que a situação permanece instável na Venezuela com, por um lado, um ciberataque que visou ontem as páginas internet do governo, do supremo e do parlamento reivindicado por hackers que apelaram a apoiar os militares amotinados e, por outro, o alto comando militar venezuelano a reafirmar a sua lealdade ao poder de Nicolas Maduro. Ontem também, membros do parlamento cuja maioria pertence à oposição queixaram-se da introdução pela força no hemiciclo de membros da assembleia constituinte.

A nível externo, esta situação não deixa de suscitar preocupações, os ministros dos negócios estrangeiros de 14 países da região discutindo hoje em Lima no Peru a atitude a adoptar. Ainda antes desta reunião, o presidente colombiano, não excluiu a hipótese de uma ruptura diplomática com o país, enquanto os Estados Unidos referiram por seu turno estar a reflectir sobre um pacote de sanções contra os próximos do poder de Maduro em protesto contra a instalação da assembleia constituinte. Mais pormenores com Liliana Henriques.

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Tensão na Venezuela