Tensão entre Pequim e Nova Deli devido a fronteira tripartida
As autoridades chinesas informaram que vão reforçar a sua presença militar, devido à disputa fronteiriça com a India. O governo de Pequim revelou que está preparado para defender a sua soberania, custe o que custar.
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O confronto começou há mais de um mês, quando os militares chineses iniciaram a construção de uma estrada no planalto de Doklam reivindicado pela China e o Butão.
Nesse momento militares indianos ocuparam a zona do ponto de centelha, para impedir a continução das obras.
A China acusou os militares da India de violarem a sua integridade territorial e exigiu a retirada imediata.
O governo de Pequim considerou que a passagem de uma fronteira mútuamente reconhecida pelos dois países, é uma grave violação do território chinês, bem como infringe o direito internacional.
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian, a determinação, vontade e resolução da China em defender a sua soberania é indomável, por isso ela protegerá a mesma custe o que custar.
A China não precisou que medidas de emergências vai tomar.
O Butão que não tem relações diplomáticas com a China, qualificou a construção da estrada de violação directa do acordo assinado em 2012 com as autoridades de Pequim.
O governo de New Dehli (Nova Deli) apoia a reivendicação do Estado do Butão. Em 1962 a Índia entrou em guerra com a China devido à uma parte distinta da sua fronteira himalaiana com a Pequim.
Ambos os países lutam para assentar a sua influência no sul da Ásia.
Nesse disputa com a India pela influência na citada região, a China tem investido numa grande escala em projectos de infraestrutura, no Nepal, Sri Lanka e Bangladesh.
Um dos mais pequenos Estados do mundo,o Butão é um firme aliado da India, desde a independência desta última em 194.
O ministro dos negócios estrangeiros indiano, Sushma Swaraj elogiou a semana passada o Butão por este não vergar-se perante o seu grande vizinho chinês. Segundo Swaraj, o acordo rubricado em 2012, estabelece que a questão da fronteira tripartida deve ser decidida pela India, a China e o Butão.
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