Síria:Washginton e Paris dispostos a ripostar
Washington e Paris estão dispostos a ripostar de forma coordenada a qualquer novo ataque químico do regime sírio. A decisão foi tornada pública, depois gabinete de Donald Trump ter denunciado os “potenciais preparativos”, por parte do regime sírio, para “outro ataque químico”.
Publicado a: Modificado a:
Os Chefes de Estado francês e americano, Emmanuel Macron e Donald Trump, sublinharam ontem, por conversa telefónica, a "necessidade de trabalhar uma resposta comum em caso de ataque químico na Síria", anunciou o Presidente francês.
Os Estados Unidos afirmaram, na noite de segunda-feira, que o regime de Bachar al-Assad estaria a preparar um novo ataque químico. As autoridades norte-americanas disseram estar preparadas para ripostar como o fizeram na altura em que 88 pessoas perderam a vida, entre elas cerca de trinta crianças. O ataque ocorreu no passado dia 4 de Abril perto de Khan Cheikhoun, no nordeste do país.
Após o ataque, que provocou várias reacções internacionais, o exército norte-americano disparou 59 mísseis contra a base d'Al-Chaayrate junto a Homs, centro do país, marcando assim a primeira intervenção do exército de Washington contra Damasco.
Já em 2013, o regime sírio tinha sido acusado de utilizar gás sarino nos arredores de Damasco, provocando a morte a 1400 pessoas. Na altura, uma intervenção militar franco-americana com o nome de " linha vermelha" chegou a ser traçada por Barack Obama. Contudo o ex-presidente americano recuou na última da hora, optando por um acordo de desmantelamento de arsenal químico com Moscovo.
Emmanuel Macron, vem recuperar agora o princípio da "linha vermelha", ao afirmar que a França vai ripostar, mesmo que o faça sozinha, em caso de ataque químico na Síria. O Reino Unido também veio dar apoio a toda a acção dos Estados-Unidos. "Se os americanos recorrerem de novo a uma acção similar, eu quero ser bastante claro, nós vamos apoiá-los, declarou o ministro britânico da Defesa Michael Fallon.
Ameaças contra Moscovo e Teerão
A embaixadora norte-americana junto da ONU, Nikki Haley, diz-se mesmo disposta responsabilizar a Rússia e o Irão " que ajudam (Assad) a matar o seu povo", afirmou Nikki Haley.
Moscovo reagiu de imediato condenado aquilo que considera serem "ameaças inadmissíveis" de Washignton contra o regime sírio, acrescentando que desconhece as "razões" ou provas que motivem estas acusações.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro