Portugal: incêndios continuam a lavrar no centro do país
Ainda que o incêndio em Pedrógrão Grande já tenha sido dominado, outros continuam a lavrar em todo o território. A câmara municipal de Góis, no centro do país, está a ser o palco de um incêndio com duas frentes activas.
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Pouco a pouco, os incêndios começam a ser controlados em Portugal. O mais mortífero na história do país, que fez 64 mortos em Pedrógão Grande, foi dominado esta tarde. Além disso, algumas das estradas nacionais que tinham sido encerradas à circulação desde sábado, altura em que o incêndio começou a lavrar na região, voltaram a abrir.
Ainda assim, os bombeiros continuam a combater as chamas em várias localidades do país, contabilizando-se 8 incêndios ainda activos no conjunto do território.
Uma das localidades mais afectadas é a câmara municipal de Góis, onde um incêndio continua activo em duas frentes. No total, 160 pessoas tiveram que abandonar as casas devido à proximidade das chamas que ameaçavam várias aldeias. Registam-se 18 feridos ligeiros, entre os quais bombeiros que se aleijaram no combate às chamas.
A presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, afirmou que a "situação melhorou consideravelmente" mas que "não se pode afirmar que estamos fora de perigo porque há riscos de reacendimentos".
Causa dos incêndios ainda não apurada
Ainda que, de início, a pista criminal tivesse sido afastada, hoje voltou a emergir. Jaime Marta Soares, Presidente da Liga dos Bombeiros, disse em declarações à TSF que está convencido que o incêndio em Pedrógão Grande "teve mão criminosa".
Marta Soares rejeita a teoria segunda a qual o incidente terá sido causado por uma trovoada seca, dizendo que "que a trovoada foi bastante mais tarde que o início do incêndio, já o incêndio tinha grandes proporções quando ela começou".
Devido a estas suspeitas, a Polícia Judiciária portuguesa (PJ) decidiu convocar Jaime Marta Soares para que o Presidente da Liga dos Bombeiros revele todos os dados que têm à disposição para desenvolver a tese criminosa.
Confira aqui a declaração da presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, um registo sonoro fornecido pela agência de notícias portuguesa, Lusa.
Presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira
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