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Política /Venezuela

Venezuela: partidários de poder exigem demissão de Procuradora da República

Com em pano de fundo o movimento de contestação liderado pela oposição, o Presidente da Venezuela propôs a organização de um referendo sobre a reforma da Constituição.A oposição que dispõe da maioria na Assembleia Nacional, não é favorável às reformas,nem ao referendo, que ela considera ser uma manobra por parte do poder para ganhar tempo. Os oponentes ao executivo de Nicolás Maduro exigem a realização das eleições municipais e regionais. A vaga de protestos que tem agitado o país da América do Sul já dura há dois meses e provocou a morte de mais de três dezenas de pessoas.

O  Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 01 de Junho de 2017
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 01 de Junho de 2017 Fuente: Reuters.
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Segundo a oposição , a proposta feita pelo Presidente Nicolás Maduro para a organização de um referendo sobre a reforma constitucional, não é senão uma maneira de ele continuar no poder. No seio do partido da Maduro, começam agora a emergir divisões, e a Procuradora da República, Luisa Ortega ,declarou que o referendo é anti-democrático. Ortega afirmou numa estação de rádio local que perante a crise actual ela não é favorável à organização de uma Constituinte. De acordo com a magistrada, a prioridade é fazer com que o Conselho Nacional Eleitoral prepare as eleições autárquicas e regionais, assim como sejam criadas as condições para a retoma do diálogo político na Venezuela. Os partidários do Presidente Maduro, apelam para a demissão de Luisa Ortega.

 A proposta de um referendo constitucional foi anunciada pelo executivo de Nicolás Maduro , depois de Luisa Ortega ter apresentado um recurso judicial contra a organização de uma Constituinte. Os opositores do Chefe de Estado venezuelano , acusam-no de querer favorecer os seus aliados políticos.

Luis Vicente Leon, presidente do instituto de sondagens Datanalisis, afirmou que o referendo proposto por Nicolas Maduro não está previsto na Constituição. Leon sublinhou que se trata de uma manobra política do executivo para tentar acalmar a crise política que abala a Venezuela.

A oposição responsabiliza Nicolás Maduro, para pela penúria alimentar e a falta de medicamentos que têm afectado o país sul-americano. O poder reage afirmando que a crise vigente, é uma conspiração urdida por  traidores com o apoio dos Estados Unidos.

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