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MÉDIO ORIENTE

Presos palestinianos em greve de fome massiva

Mais de 1.000 prisioneiros palestinianos iniciaram hoje uma greve de fome com data ilimitada. É a mais importante desde há 20 anos. O objectivo é denunciar as condições vividas pela maioria dos presos palestinianos em Israel.

Mais de 1.000 prisioneiros palestinianos iniciaram hoje uma greve de fome com data ilimitada. É a mais importante desde há 20 anos.
Mais de 1.000 prisioneiros palestinianos iniciaram hoje uma greve de fome com data ilimitada. É a mais importante desde há 20 anos. ABBAS MOMANI / AFP
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Cerca de 6.300 palestinianos encontram-se presos em Israel. Hoje, mais de 1.000, segundo a administração penitenciária, 1.500, segundo as associações de defesa dos presos, iniciaram uma greve de fome. Responderam ao apelo de Marwan Barghouti, um ícone na Palestina, antigo dirigente do Fatah e líder da segunda Intifada, que foi condenado a prisão perpétua. 

Segundo o mesmo, o objectivo da greve é "acabar com os abusos da administração penitenciária israelita". Num artigo enviado ao jornal americano "New York Times" desde a prisão, o líder palestiniano disse que os prisioneiros "sofrem torturas, tratamentos degradantes e desumanos, alguns deles tendo sido mortos na prisão".

Barghouti fala mesmo em "apartheid judiciário", ao dizer que existe uma "impunidade para os israelitas que cometeram crimes, e uma criminalização dos palestinianos resistentes".

Entre as reinvidações, os presos pedem que sejam instaladas cabines telefónicas nas prisões, que os prazos de visitas sejam alargados, que acabem as "negligências médicas" e o isolamento de prisioneiros. 

Em declarações à agência France Presse, Fedwa Barghouti, mulher de Marwan Barghouti, diz que estas mudanças tratam-se, simplesmente, de "pedidos humanitários previstos no direito internacional e reconhecidos como fazendo parte dos Direitos Humanos". 

De realçar que, nos últimos anos, têm sido frequentes as greves de fome individuais. No entanto, estas iniciativas foram criticadas na Palestina por não terem qualquer impacto real nas condições do conjunto dos prisioneiros. A última greve colectiva teve lugar em 2013, quando 3.000 palestinianos não comeram durante um dia. 

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