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COREIA DO NORTE

Coreia do Norte: vice-presidente americano "a paciência acabou"

Numa altura de grande tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, o vice-presidente americano, Mike Pence, deslocou-se à Coreia do Sul. Numa visita à cidade de Panmunjom, na fronteira com a Coreia do Norte, o representante americano avisou que "a era da paciência estratégica acabou".

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em visita à Coreia do Sul.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em visita à Coreia do Sul. REUTERS
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O vice-presidente americano, Mike Pence, disse hoje que a "era da paciência estratégica com a Coreia do Norte acabou". Numa deslocação à fronteira que separa a Coreia do Sul da Coreia do Norte, desde 1953, o representante americano aproveitou para lançar avisos ao regime de Pyongyang.

Numa declaração aos jornalistas, Mike Pence avançou que os Estados Unidos vão tentar resolver o conflito através de "meios pacíficos" mas que, em última instância, não hesitarão em utilizar "quaisquer outros meios necessários". 

Além disso, o vice-presidente aproveitou também a ocasião para alertar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, contra eventuais provocações. "É melhor para a Coreia do Norte não testar a determinação e o poder das Forças Armadas dos Estados Unidos nesta região", avançou Mike Pence. 

Coreia do Norte considera que pode haver uma "guerra total"

Já na Coreia do Norte, Kim Chang-min, director-geral das Organizações Internacionais da Coreia do Norte, também afirmou hoje que "a situação é extremamente perigosa". Numa entrevista à agência espanhola EFE, o director afirmou que "ninguém consegue prever quando a situação ficará fora de controlo e descambará para uma guerra total".

Kim Chang-min respondeu ainda a Mike Pence, ao dizer que os "Estados Unidos procuram fazer um ataque preventivo para derrubar o regime norte-coreano".

Japão segue a via diplomática com Pyongyang

Também hoje, Shinzo Abe pediu para se seguir a via diplomática para resolver o conflito. "A Coreia do Norte está a mostrar o seu poder militar, mas é importante manter a paz através de esforços diplomáticos", disse o primeiro-ministro japonês. Consequentemente, Shinzo Abe considera que é "necessário exercer mais pressão para que a Coreia do Norte responda seriamente ao diálogo". 

Além disso, Shinzo Abe também pediu para que a China interceda junto de Kim Jong Il, tendo em conta que é o principal aliado do regime coreano. 

Na semana passada, o Japão já tinha avisado que era altamente provável que a Coreia do Norte tivesse desenvolvido armas químicas, nomeadamente de gás sarin, que tem sido utilizado na Síria. Na altura, Shinzo Abe tinha dito que "temos de fazer a Coreia do Norte entender que não tem futuro se continuar a desafiar a comunidade internacional".

De realçar que a visita de Mike Pence ocorre numa altura em que se vive um ambiente de grande tensão entre os Estados Unidos e o regime de Pyongyang. Este fim-de-semana, o "número dois" do regime norte-coreano, Choe Ryong-hae, afirmou que o país "está pronto para dar uma resposta nuclear a qualquer ataque nuclear".

Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na semana passada que "a Coreia do Norte está à procura de problemas" mas que "a situação seria resolvida".

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