Presidenciais Francesas: novo debate desta vez a onze

Os onze candidatos às presidenciais francesas enfrentam-se esta noite num debate televisivo de mais de três horas em que vão ser abordadas as questões do emprego, segurança e política social. Colocados em estúdio em arco de círculo, os onze candidatos vão ter um tempo milimetricamente medido -e reduzido- para falar, apesar de este ser um debate previsto para durar mais de 3 horas.

O estúdio de televisão onde decorre o debate a onze desta noite. Lionel BONAVENTURE / AFP

Os cinco favoritos, a candidata de extrema-direita Marine le Pen, o candidato sem etiqueta Emmanuel Macron, o de direita François Fillon, o de esquerda Jean-Luc Mélenchon e o socialista Benoît Hamon, digladiam-se esta noite com os seis chamados "pequenos candidatos", entre os quais o soberanista Nicolas Dupont Aignan, a candidata da Luta Operária (LO) Nathalie Arthaud ou ainda Philippe Poutou, candidato do Novo Partido Anticapitalista (NPA), esta sendo uma ocasião, do ponto de vista de especialistas, para esses candidatos menos mediatizados poderem expor as suas ideias.

Contudo, dado o formato e o número de intervenientes, as ideias vão ter que ser lançadas num tempo record: para cada pergunta que lhes for colocada sobre temas já determinados de antemão, o emprego, segurança e política social, cada um dispõe de apenas um minuto e meio para responder e eventualmente interpelar algum adversário político, este sendo previsivelmente um exercício difícil e frustrante no que tange à apresentação de projectos.

Este debate acontece numa altura em que sondagens creditam Marine le Pen e Emmanuel Macron respectivamente com cerca de 25% das intenções de voto e em que em terceiro lugar surge François Fillon com cerca de 17%, Mélenchon com um pouco mais de 15%, e Hamon com cerca de 10% das intenções de voto, isto para quem sabe por qual candidato vai votar. Com efeito, segundo outras estatísticas divulgadas hoje, a menos de 3 semanas da primeira volta das presidenciais a 23 de Abril, 31 a 38% dos potenciais eleitores continuam indecisos.