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Iraque

Iraque: O que resta de Mossul?

Desde o lançamento de uma ofensiva em meados de Fevereiro, as forças iraquianas retomaram mais de um terço da parte oeste da cidade de Mossul aos rebeldes do Estado Islâmico. Forças paramilitares iraquianas encontraram centenas de cadáveres na prisão de Badouch, perto de Mossul, e um museu devastado.

O que resta do Museu de Mossul. 11 de Março de 2017.
O que resta do Museu de Mossul. 11 de Março de 2017. ARIS MESSINIS / AFP
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Um alto responsável militar iraquiano indicou hoje que desde o lançamento da ofensiva, a 19 de Fevereiro, para retomar Mossul - a maior cidade do norte do Iraque e principal reduto do autodenominado Estado Islâmico - foi reconquistado mais de um terço da parte oeste da cidade.

O ministério da Defesa iraquiano anunciou que, nesta zona da cidade, três líderes do EI morreram em bombardeamentos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos. Tratar-se-á de Abu Aisha, do Tadjiquistão, perito no fabrico de explosivos, Abu Mohamed al Rusi Zirauv, engenheiro perito em aviões não-tripulados com origens russas, e Abu Omar al Faransi, de origem tunisina, especialista em motores.

Ainda que a resistência jihadista tenha diminuído, os militares avisam que há muitos combates difíceis pela frente para reconquistar a totalidade da segunda maior cidade do Iraque. O exército controla, desde Janeiro, a sede do governo regional e o aeroporto, mas na parte oeste, feita de ruas estreitas, estão centenas de milhares de civis encurralados.

Entretanto, forças paramilitares iraquianas encontraram centenas de cadáveres na prisão de Badouch, perto de Mossul. Esta é mais uma das muitas valas comuns descobertas pelas forças iraquianas com vítimas do grupo jihadista.

Do antigo Museu de Mossul, o segundo mais importante do Iraque, sobram ruínas e o que resta de duas estátuas assírias é um amontoado de pedras.

Os dois touros pré-islâmicos que eram um dos maiores tesouros da instituição, com dois metros de altura, foram destruídos pelos jihadistas que chegaram a difundir no youtube o vídeo da destruição.

As vitrinas com peças da arte primitiva assíria, datadas de vários séculos a.C., estão vazias. No chão, restam etiquetas, em árabe e em inglês: “Duas taças de prata encontradas no cemitério real de Ur (…) 2.600 a.C” ou “Vários objectos encontrados nos palácios reais de Nimrod –Século IX a.C.”. No total, uma centena de obras que desapareceu com destino a um tráfico de obras de arte para financiar o autodenominado Estado Islâmico.

De jnhotar que, na vizinha Síria, subiu para 74 o balanço do duplo atentado deste sábado, na cidade velha de Damasco. Tratou-se de um dos ataques mais graves na capital síria, em seis anos de guerra.

 

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