Football Leaks volta a apanhar mundo do futebol de surpresa
Depois de há um ano ter revelado os bastidores do mundo do futebol, o site "Football Leaks" voltou este ano para denunciar vários casos de evasão fiscal no universo da bola redonda. Cristiano Ronaldo, José Mourinho e Radamel Falcao são alguns dos nomes que estão a ser investigados.
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Criado por um administrador português, o site "Football Leaks" aliou-se este ano a vários órgãos de comunicação, reunidos sobre o consórcio apelidado de "European Investigative Collaborations" (EIC), de que fazem parte, por exemplo, o francês "Mediapart" ou o português "Expresso". Têm como objectivo desvendar os casos de fraude fiscal existentes no mundo do futebol e livrá-lo da corrupção.
O internacional português vencedor de 3 Bolas de Ouro, Cristiano Ronaldo, é um dos nomes que está a fazer mais furor. O consórcio suspeita que o jogador "dissimulou 150 milhões de euros em paraísos fiscais na Suiça e nas Ilhas Virgens Britânicas".
O treinador português José Mourinho também está a ser investigado e é acusado de ter "escondido 12 milhões de euros ao fisco, ao depositá-los numa empresa suiça de fachada situada nas Ilhas Virgens Britânicas".
O que as duas personalidades do futebol têm em comum é o facto de serem representados pelo agente Jorge Mendes. É ele, aliás, que está no centro da tempestade já que o seu nome aparece constantemente em todas as investigações do "Football Leaks".
O consórcio acusa-o nomeadamente de ter desenvolvido todo um sistema cujo objectivo é o de fazer com que os seus clientes consigam escapar ao fisco. O agente, que também representa nomes sonantes como James Rodriguez, Pepe ou Di Maria, rejeita categoricamente todas as acusações.
No ano passado, o criador do "Football Leaks" tinha manifestado as suas intenções numa declaração publicada no site:" Infelizmente o desporto que tanto amamos está podre e é altura de dizer basta. Fundos, comissões, negociatas, tudo serve para enriquecer certos parasitas que se aproveitam do futebol, sugando totalmente clubes e jogadores".
O empresário da FIFA, Artur Morgado, acha, porém, que este caso não deverá abalar a carreira das personalidades envolvidas porque o que está em causa são os clubes e não os agentes.
Empresário FIFA, Artur Morgado
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