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Política/ Bulgária

Bulgária: presidencial renhida

Os búlgaros foram este domingo às urnas para eleger um novo presidente da República. O escrutínio é visto como um teste crucial para a popularidade do Primeiro-Ministro Boyko Borisov, assim como determinar as relações entre o país mais pobre da União Europeia e a Rússia. Dos 21 candidatos em liça para a magistratura suprema da Bulgária,dois , Tsetska Tsacheva e Rumen Radev, são os favoritos. Tsacheva, apoiada por Boyko Borisov é favorável ao reforço dos laços entre a Bulgária e as democracias liberais do oeste da Europa, enquanto Radev opta por uma maior proximidade com a Rússia. Segundo os analistas, uma derrota de Tsetska Tscheva, poderia levar Boyko Borisov a convocar eleições antecipadas, o que mergulharia a Bulgária na incerteza.

Tsetska Tsacheva introduz  o seu voto na urna.06 de Novembro de 2016
Tsetska Tsacheva introduz o seu voto na urna.06 de Novembro de 2016
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  As últimas sondagens divulgadas em Sofia, apontavam para uma vantagem da actual presidente da Assembleia Nacional búlgara , Tsetska Tsacheva com 30 % das intenções de voto. Tsacheva com 58 anos de idade, é secundada de muito perto pelo ex-piloto de caça e comandante da Força Aérea Rumen Radev , candidato dos Socialistas na oposição . A segunda volta da eleição prevista para o dia 13 de Novembro , poderá ser por conseguinte extremamente renhida entre Radev, que privilegia os antigos laços com a Rússia, e Tsacheva , que tem os olhos postos no oeste.

 Segundo o politólogo Dimitar Bechev, a falta de carisma de Tsacheva que Boyko Borisov denomina de "a mãe da nação" poderia facilitar, embora com uma margem reduzida, a vitória final de Radev, no domingo 13 de Novembro. 6.8 milhões de eleitores búlgaros devem deslocar-se às mesas de voto para escolher o novo presidente da República.

 A função de Chefe de Estado na Bulgária é essencialmente ceremonial, mas a figura que o encarna é bastante respeitada pelos búlgaros e numa conjuntura de crise, a mesma dispõe de poderes para nomear alguns dirigentes.

 Desde o seu ingresso na União Europeia que a Bulgária oscila entre o leste e o oeste, em particular devido aos seus fortes laços históricos e culturais com a Rússia. O Presidente cessante, Rosen Pleneviev, tem criticado frequentemente a Rússia e o seu actual número um e homólogo, Vladimir Putin. Pleneviev, acusou, numa recente entrevista à BBC britânica, a Rússia de enfraquecer e dividir a Europa para torná-la dependente de Moscovo. A economia bulgára continua a depender fortemente da sua congénere russa , nomeadamente no respeitante ao fornecimento de gás.

 Em contrapartida, Rumen Radev, considera que a Bulgária tem perdido muitas oportunidades, ao relacionar-se com a Rússia como se esta fosse um país inimigo. Radev é favorável ao fim das sanções aplicadas pela União Europeia à Moscovo, devido ao envolvimento russo no conflito ucraniano. Tsetska Tsacheva também tinha preconizado o termo das referidas sanções,mas mudou posteriormente de opinião, influenciada pelo Primeiro-Ministro Boyko Borisov, do quem é a protegida.

 

 

 

                       

 

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