Futuro dos BRICS como locomotora económica mundial
Os países emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão desde ontem reunidos em Goa, na Índia.
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O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou a confiança no futuro dos BRICS como "locomotora económica mundial", apelando para a renovação da confiança nos países deste bloco: Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul.
A Índia preside desde o mês passado o grupo de países emergentes que representam 40% da população mundial e cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 17% do comércio global.
Os BRICS querem explorar alternativas de recuperação para voltarem a ser motores de desenvolvimento mundial.
“O potencial e a força dos BRICS em termos de recursos, mercado e força de trabalho não mudaram e o desenvolvimento dos países a médio prazo é positivo”, afirmou o Presidente chinês durante a ronda de discursos prévios no âmbito da Declaração de Goa no quadro VIII Cimeira dos BRICS.
Os BRICS inauguraram em Julho de 2015 um novo banco de desenvolvimento em Xangai com o objectivo de que os países emergentes possam procurar financiamento através de um sistema alternativo às instituições internacionais, dominadas pelos Estados Unido da América.
O Professor de Direito internacional e Direito constitucional, na Universidade da África do Sul, André Thomashausen, afirmou que o BRICS "é a última tentativa, já têm havido muitas ao longo da história recente, de formar um grupo de países aliados que, de facto, não são aliados".
"São países que se querem distanciar das alianças europeias e norte-americanas ou do hemisfério norte. Surgiu acidentalmente por haver certos indicadores económicos que parecem dar uma afinidade natural o uma semelhança de desafios a estes países Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul", destacou o académico sul-africano.
Professor de direito internacional, André Thomashausen
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