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Política/Síria

Síria: retoma de combates e acusações mútuas

A ofensiva aérea das forças  sírias e dos seus aliados contra os rebeldes  que lutam  contra o regime do Presidente Bashar al-Assad obriga a população de Aleppo a refugiar-se nas suas casas. Segundo as agências noticiosas, mais de duas dezenas de civis  morreram durante os bombardeamentos e prédios foram destruídos. As  Nações Unidas tentam reactivar os canais diplomáticos, na esperança de contribuir para um novo cessar-fogo.

Walid Muallem, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria
Walid Muallem, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria REUTERS/Mike Segar
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A batalha pelo controlo  de  Aleppo , prossegue  com a  intensificação dos  bombardeamentos aéreos  pelas  forças  governamentais sírias.

Neste sábado, o  Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, afirmou  que  na cidade, tida  como estratégica para  o poder  de Damasco, morreram pelo menos 25  civis, bem como foram destruídos  prédios.

Segundo a UNICEF (Fundo das  Nações  Unidas  para  as Crianças)  regista-se a falta de  água potável nas  zonas  de  Aleppo controladas  pelas  milícias  em  luta  contra o regime do Presidente  Bashar Al-Assad. A agência  informou que a única alternativa é o consumo de água contaminada dos poços, o que poderá pôr em perigo,a sobrevivência das  crianças da cidade.

Segundo observadores, o fracasso das negociações entre o Secretário de Estado americano, John Kerry e o ministro dos negócios estrangeiros russo, Sergëi Lavrov, para relançar a trégua entre os protaganistas, assinala uma nova etapa dramática da guerra civil síria.

Moscovo e Washington acusam-se mútuamente de não exercer pressão sobre os  seus protegidos sírios, para que seja restabelecido um cessar-fogo duradoiro, visando a retoma das negociações de paz entre o poder de Dasmasco e os grupos rebeldes.

John Kerry declarou que os Estados Unidos  esperam relançar  um  diálogo construtivo com a Rússia para estabelecer uma nova trégua.

O seu homólogo russo, Sergëi Lavrov considerou insensato um novo cessar-fogo,uma vez que, segundo ele, os  Estados  Unidos não conseguiram separar os rebeldes moderados dos jiadistas, em luta contra o governo  sírio.

Na  sua  intervenção  diante da Assembleia Geral da ONU, o representante  da  Síria  acusou a  coligação internacional liderada pelos Estados Unidos de ter realizado intencionalmente o bombardeamento, durante o qual  morreram cerca de 80 militares no dia 17 de Setembro, numa base aérea  síria próxima  da cidade  de Deir Ezzor, no  leste  do  país.

Segundo os analistas, o citado ataque teria contribuído para precipitar o fim da trégua no longo conflito sírio.

O chefe da diplomacia sírio, Walid Muallem, imputou a responsabilidade do ataque, que ele qualificou de agressão, aos Estados Unidos.

Muallem criticou também severamente o Qatar e a Arábia Saudita a quem ele acusa de enviar para  a  Síria mercenários equipados  com armas sofisticadas para lutar contra o governo do Presidente Bashar al-Assad.                               

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