Síria: fim da trégua

Os combates entre as forças governamentais sírias e as milícias opostas ao regime do Presidente Bashar al-Assad retomaram , pondo fim as esperanças de um cessar-fogo duradouro e a procura de uma solução para o conflito que assola o país do Médio-Oriente há mais de cinco anos. Os Estados Unidos declararam nesta terça-feira, que o único desfecho possível para o conflito na Síria é o diplomático.

Refugiados sírios na estrada, próximo de Jarablus, na fronteira entre a Síria e a Turquia. BULENT KILIC / AFP

 Na sua alocução diante da Assembleia das Nações Unidas, o Presidente americano Barack Obama, reiterou que a única via possível para pôr um termo a guerra civil na Síria é a diplomática. "Nenhuma das partes conseguirá obter uma vitória militar, por isso devemos persistir árduamente na diplomacia com o objectivo de pôr um fim aos combates e socorrer os que precisam de ajuda", afirmou o Chefe de Estado americano.

 Perante a retoma dos combates entre os protagonistas da guerra civil que dura há mais de cinco anos, observadores nas Nações Unidas, consideram que só um consenso entre Moscovo e Washington, poderá contribuir para uma paz estável na Síria e na região. Por seu lado, o chefe da diplomacia americana, John Kerry, que se avistou em Nova Iorque com o seu homólogo russo, Serguëi Lavrov, repetiu que existem esperanças de um novo cessar-fogo. O dirigente americano declarou que as negociações na matéria vão ser reactivadas até ao fim da corrente semana.

 O Presidente francês ,François Hollande declarou também à tribuna das Nações Unidas que se os apoiantes estrangeiros do governo de Damasco não exercerem pressão para que seja restabelecida a paz na Síria, há o perigo de uma partição do país do Médio-Oriente.