Acesso ao principal conteúdo
Estados Unidos / Ásia

Fecho da Cimeira da ASEAN no Laos

Esta quinta-feira marca o fim no Laos da Cimeira anual da ASEAN, Associação das Nações da Ásia do Sudeste, cimeira na qual o presidente americano, Barack Obama marcou novamente e pela última vez presença, dando continuidade ao papel de "mediação" que pretendeu dar aos Estados Unidos junto desse bloco onde os americanos têm interesses económicos mas também estratégicos.

Barack Obama com o seus pares ontem na Cimeira da ASEAN.
Barack Obama com o seus pares ontem na Cimeira da ASEAN. REUTERS/Soe Zeya Tun
Publicidade

Na ementa das discussões que decorreram desde terça-feira em Vietiane, no Laos, estiveram dois dossiers, a espinhosa questão da soberania sobre o Mar da China assim como as ambições nucleares da Coreia do Norte. Relativamente ao Mar da China sobre o qual a Pequim pretende o controlo de boa parte da sua extensão, dada a importância que tem em termos militares mas igualmente como ponto de passagem do comércio entre o Pacífico e o Indico, este objectivo encontra a oposição de vários países da região, designadamente o Japão, o Vietname e as Filipinas que ainda ontem tornaram a acusar a China de estar construir uma ilha secreta a cerca de 230 km da ilha filipina de Luzon.

Até agora reservado sobre a questão, Barack Obama cujo país tem uma instalação militar naquela localidade em virtude de um acordo firmado neste sentido com as Filipinas, recordou à China que o Tribunal Penal Internacional considerou no passado mês de Julho que a China não tinha direitos históricos sobre esse mar. Ao criticar o que qualifica de "ingerência do exterior", Pequim por sua vez retorquiu -lapidar- que "não aceita nem reconhece o veredicto do TPI".

Quanto ao dossier da Coreia do norte que ultimamente tem retomado assiduamente tiros de mísseis, Obama teceu advertências sobre a eventualidade de o regime de Pyongyang caminhar para um crescente isolamento a nível internacional. "Continuaremos a colocar a pressão sobre a Coreia do Norte", garantiu Obama antes de voar rumo a Washington, sem deixar de dirigir uma mensagem ao presidente Filipino com quem se avistou ontem apesar de num primeiro tempo ter sido anulado um encontro entre ambos, depois de Roberto Duterte ter insultado Obama ainda antes da cimeira. Ao expressar-se sobre as execuções extrajudiciárias praticadas no combate ao narcotráfico nas Filipinas, o presidente americano considerou que "por mais desprezíveis que sejam essas redes criminosas, é importante agir correctamente".

Expressando-se ainda sobre a política interna do seu país, Obama que está a poucas semanas do fim do seu segundo e último mandato, aludiu à prisão de Guantánamo que, apesar das suas promessas, nunca conseguiu encerrar. Obama disse que não tinha renunciado a cumprir esta promessa, enquanto o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump promete por sua vez encher essa prisão de "bandidos". A este propósito, Obama apenas comentou perante os seus pares da ASEAN que "Trump não tem qualificações para ser presidente".

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.